PAPILOMAVÍRUS

FDA aprova primeiro kit de recolha de autoteste para HPV

A Food and Drug Administration dos EUA aprovou recentemente um kit que vai permitir que as mulheres façam a recolha da sua amostra vaginal para rastreio do HPV, uma medida que poderá aumentar a deteção precoce naquelas em risco de cancro do colo do útero.

FDA aprova primeiro kit de recolha de autoteste para HPV

DOENÇAS E TRATAMENTOS

CANCRO DO COLO DO ÚTERO, DOENÇA DE EVOLUÇÃO SILENCIOSA


De acordo com a Roche Diagnostics, fabricante do kit, mais de metade das mulheres norte-americanas diagnosticadas com cancro do colo do útero nunca fizeram um rastreio para detetar o vírus, ou apenas raramente o fazem.

Segundo Matt Sause, CEO da farmacêutica, com a vacinação, ferramentas de diagnóstico inovadoras e programas de rastreio, alcançar o objetivo da OMS de eliminar o cancro do colo do útero até 2030 está ao alcance.
Esta solução de autorecolha ajuda a apoiar esse objetivo, reduzindo barreiras e dando acesso à triagem de HPV, permitindo que as mulheres recolham de forma privada as próprias amostras para testes de HPV.

O HPV é a causa conhecida de mais de 95% dos cancros do colo do útero. Todos os anos, cerca de 11.500 mulheres nos EUA são diagnosticadas com este cancro e cerca de 4.000 mulheres morrem em consequência disso.

Quase todos os cancros cervicais são causados por infeção persistente com certos tipos de HPV. A autorecolha pode aumentar o acesso ao rastreio e reduzir barreiras, o que dará a mais pessoas a oportunidade de detetar, tratar e, em última análise, sobreviver ao cancro.

A maioria dos médicos de cuidados primários não testa o HPV. Em vez disso, as mulheres são frequentemente examinadas por ginecologistas durante um exame pélvico – um procedimento ao qual algumas não têm acesso e outras consideram demasiado intrusivo e embaraçoso.
A solução de autorecolha da Roche pode ajudar a reduzir essas barreiras, criando uma alternativa aos procedimentos de recolha clínica, ao mesmo tempo que oferece resultados precisos e confiáveis.

Segundo o Dr. William Dahut, da ACS, prevê-se que a autorecolha venha a desempanhar um papel cada vez mais proeminente no rastreio do cancro do colo do útero, assim que os pré-requisitos regulamentares e clínicos estejam em vigor e à medida que as evidências de apoio continuarem a surgir. A aprovação pode abrir ainda portas à recolha domiciliar de amostras.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS