Quimioterapia pode potenciar ocorrência de metástase
Uma equipa internacional de cientistas trabalhou com modelos experimentais de tumores e descobriram que dois fármacos comumente usados em tratamentos de quimioterapia, nomeadamente o [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/paclitaxel/informacao-geral]paclitaxel[/url] e a [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/doxorrubicina/informacao-geral]doxorrubicina[/url], induzem tumores mamários a libertar pequenas vesículas chamadas exossomas.
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Quando os pacientes são submetidos a esse tipo de quimioterapia, os exossomas apresentam a proteína anexina-A6, que não está presente nos exossomas libertados de tumores não tratados. Esses exossomas são depois libertados na corrente sanguínea e podem dar origem a novos tumores.
E, ao chegarem, por exemplo, ao pulmão, libertam o seu conteúdo, incluindo a anexina-A6, o que estimula as células do pulmão a libertar outra proteína, a CCL2, que atrai as células do sistema imune chamadas monócitos.
Essa reação pode ser perigosa, pois estudos anteriores mostraram que os monócitos podem potenciar a sobrevivência e o crescimento de células cancerígenas no pulmão, que é uma das etapas iniciais da metástase nesse órgão.
Ou seja, o estudo identificou uma nova ligação entre a quimioterapia e metástase do cancro da mama, acreditam os cientistas, que encontraram níveis aumentados de anexina-A6 também nos exossomas de pacientes com cancro da mama submetidos a quimioterapia neoadjuvante.