Quiropraxia ajuda na dor de cabeça, melhora respiração e energia
A quiropraxia, uma técnica que reposiciona as vértebras da coluna, pode trazer inúmeros benefícios para a saúde. Segundo a instituição norte-americana de quiropraxia Palmer College, a quiropraxia pode melhorar a função de mais de 130 partes do corpo e resolver mais de cem problemas do organismo, como acne, cansaço crónico, enxaquecas, problemas do coração, varizes e ciclos irregulares de menstruação.
O quiropraxista brasileiro George Montenegro explica que esses benefícios ocorrem porque cada uma das 24 vértebras da espinal medula tem uma função. “Há várias raízes nervosas em cada segmento da coluna, e cada uma delas responde por um órgão ou alguma atividade do organismo”, afirma.
“Se acontecer alguma interferência nesse sistema, o corpo perde rendimento e o desempenho das sinapses [onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos] cai; a circulação [sanguínea] e a oxigenação do corpo diminuem”, acrescenta.
Segundo explicou Montenegro, a primeira vértebra (C1) está associada às partes da cabeça, como o cérebro, ouvido, olhos e ossos do rosto. Se houver uma alteração nessa região, a pessoa pode ter tontura, insónia e dor na região.
Já a segunda vértebra (C2) responde pelos olhos, língua, testa e o coração, e, se estiver mal posicionada, pode causar insónia, sinusite, dor no ouvido e até mesmo surdez e cegueira.
O especialista diz, ainda, que unir essa técnica à prática de exercícios físicos ajuda a um desenvolvimento corporal correto.
Quem faz levantamento de peso para hipertrofia, por exemplo, não vai aumentar os músculos de forma saudável se não o fizer a cuidar das articulações por meio da quiropraxia, alerta o especialista.
“Muitos body builders (construtores de corpo, na tradução livre) têm uma musculatura bem fechadinha, mas sem flexibilidade, porque ela cresceu de forma errada”, explica.
Há também benefícios para as crianças. Montenegro aponta que não há uma idade mínima etária para ir ao quiropraxista. Inclusive, explica que um recém-nascido que veio à luz por parto natural tem a sua primeira subluxação (deslocamento parcial da coluna) quando o médico puxa a sua cabeça para o retirar de dentro da mãe. “Isso acontece porque as articulações do bebé são muito flexíveis e ainda não há nada formado”, diz.
Além disso, as pequenas quedas que as crianças sofrem ao aprender a andar também lesionada o corpo. “[Por conta disso], é recomendável as crianças irem ao quiropraxista a cada semestre para avaliar se não há algum desalinhamento que vá interferir no desenvolvimento a longo prazo”, sugere.
Montenegro explica que a quiropraxia está apenas contraindicada para quem tem doenças e lesões autoimunes e problemas degenerativos nas articulações.
Pessoas com pino, fraturas, osteoporose grave, artrite reumatoide, vértebras calcificadas ou mielopatia (distúrbio do sistema nervoso que afeta a espinal medula) também não podem receber os estímulos aplicados no âmbito da quiropraxia.
De acordo com o especialista, o ideal é que as visitas ao quiropraxista sejam regulares para assegurar um bom acompanhamento.
Um paciente que nunca recebeu o tratamento deverá fazer a terapia, que dura cerca de meia hora, uma vez por semana durante três meses. Depois desse período, cabe ao profissional avaliar de quanto em quanto tempo o paciente deve voltar às consultas.
“As pessoas começam a sentir-se melhor entre a primeira e a quarta sessão. Na quinta e sexta consulta, muitas já estão com o problema resolvido, mas o corpo precisa criar uma ‘memória’ para conseguir estabilizar-se no padrão que o tratamento direcionou”, explicou o especialista.