SANGUE

Novos anticoagulantes associados a menor riso de hemorragias graves

O principal medicamento usado para tratar coágulos de sangue potencialmente fatais, conhecidos como tromboembolismo venoso (TEV), em todo o mundo há anos é a [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/varfarina/informacao-geral]varfarina[/url].

Novos anticoagulantes associados a menor riso de hemorragias graves

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Contudo, os anticoagulantes orais diretos (DOAC, sigla em inglês) são cada vez mais usados como alternativa à [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/varfarina/informacao-geral]varfarina[/url] porque não exigem que os doentes façam testes regulares para verificar se têm a quantidade certa de fármaco no url-nolink=/pt/toda-a-saude/saude-humana/sangue-a-gota-que-salva-vidas]sangue[/url].
 
Os ensaios clínicos já realizados mostraram que, comparado com a [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/varfarina/informacao-geral]varfarina[/url], os DOAC têm um risco reduzido ou similar de hemorragia grave. Mas esses ensaios são feitos com doentes cuidadosamente selecionados, o que significa que as taxas de hemorragia não refletem frequentemente as que são observadas na prática clínica diária.

A maioria dos estudos observacionais também incluiu apenas doentes com batimentos cardíacos irregulares (fibrilação auricular, ou FA), o que cria uma lacuna de informação sobre os doentes sem esse problema.
 
Para colmatar essas lacunas, uma equipa de cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, avaliou os riscos e benefícios associados com os três tipos mais comuns de DOAC ([url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/dabigatrano-etexilato/informacao-geral]dabigatran[/url], [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/rivaroxabano/informacao-geral]rivaroxaban[/url] e [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/apixabano/informacao-geral]apixaban[/url]), comparando-os com a [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/varfarina/informacao-geral]varfarina[/url], em doentes com e sem FA.

Os cientistas usaram duas bases de dados de cuidados primários do Reino Unidos, tendo identificado um total de 196 061 doentes que usaram anticoagulantes entre 2011 e 2016.

Do total, 132 231 tomavam [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/varfarina/informacao-geral]varfarina[/url] , 7 744 [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/dabigatrano-etexilato/informacao-geral]dabigatran[/url], 37 863 [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/rivaroxabano/informacao-geral]rivaroxaban[/url] e 18 223 [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/apixabano/informacao-geral]apixaban[/url]. No conjunto, 53 por cento tinham sido diagnosticados com FA e os restantes 47 por cento tomavam anticoagulantes para outros problemas de saúde.
 
Os investigadores analisaram se os doentes tinham tido hemorragias graves conducentes a hospitalização ou morte, acidente cerebral isquémico, tromboembolia venosa e morte por qualquer causa.
 
Considerando vários fatores de risco conhecidos, na comparação com a [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/varfarina/informacao-geral]varfarina[/url], verificou-se que o [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/apixabano/informacao-geral]apixaban[/url] estava associado a um menor risco de hemorragias importantes, principalmente cerebrais e gástricas, em doentes com ou sem FA.
 
Nessa comparação, observou-se também que o [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/dabigatrano-etexilato/informacao-geral]dabigatran[/url] em doentes com FA e o [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/rivaroxabano/informacao-geral]rivaroxaban[/url] em doentes sem FA estavam associados a um menor risco de hemorragias cerebrais.
 
O [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/rivaroxabano/informacao-geral]rivaroxaban[/url] e o [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/apixabano/informacao-geral]apixaban[/url] em baixas doses estavam, contudo, associados a riscos aumentados de morte por qualquer causa em todos os doentes quando comparado com a [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/varfarina/informacao-geral]varfarina[/url], o que pode refletir uma maior monitorização dos doentes que tomam [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/varfarina/informacao-geral]varfarina[/url] ou pode estar relacionado com outros problemas subjacentes, sugerem os autores.
  
Este foi um estudo observacional e, portanto, não se podem tirar conclusões firmes sobre causa e efeito, disseram os autores, acrescentando, contudo, que o estudo mostra que "o risco de hemorragia grave é mais baixo nos utilizadores do [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/apixabano/informacao-geral]apixaban[/url], independentemente da razão para a sua prescrição, o que parece mostrar que o [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/apixabano/informacao-geral]apixaban[/url] é o medicamento mais seguro".

Fonte: Science Daily

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