Ansiedade pode ser benéfica numa situação de perigo
Novas descobertas realizadas por pesquisadores franceses mostraram que o cérebro dedica mais recursos de processamento para situações sociais que sinalizam ameaça do que para aqueles que são positivos, o que pode ajudar a explicar o "sexto sentido" para o perigo.
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Os resultados publicados na revista eLife mostram, pela primeira vez, que regiões específicas do cérebro agora identificadas podem estar envolvidas no fenómeno.
Os cientistas do Instituto Francês de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM) descobriram ainda que indivíduos ansiosos detetam ameaças numa região diferente do cérebro das pessoas que são mais descontraídas.
Anteriormente pensava-se que a ansiedade poderia levar a um estado de hipersensibilidade perante sinais de ameaça; no entanto, o novo estudo mostra que a diferença tem um propósito útil.
As pessoas ansiosas processam as ameaças através de regiões do cérebro responsáveis pela ação em apenas 200 milissegundos, enquanto pessoas mais descontraídas processam-nas em circuitos sensoriais responsáveis pelo reconhecimento da face.