Meditação otimiza cognição e aprendizagem tanto como o treino físico
Uma pesquisa recente publicada na revista Nature Scientific Reports concluiu que a meditação pode otimizar mecanismos cognitivos e de aprendizagem em intensidade similar aos obtidos através de treinos físicos.
EXERCÍCIO FÍSICO
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Surgiu nas décadas de 30 e 40 como forma de intensificar e aperfeiçoar os treinos de corrida, e é cada vez mais utilizado por atletas e técnicos e até investigado por cientistas. É do Treino Intervalado de Alta Intensidade que falamos – para os mais “preguiçosos” HIIT, sigla em inglês da expressão High Intensity Interval Training. Entre os amantes das atividades físicas o HIIT é famoso pela eficácia na perda de gordura, aumento de massa muscular, e por ser uma alternativa aos monótonos planos de treino. Sabe como funciona? LER MAIS
Durante o estudo, os investigadores avaliaram um grupo de participantes que praticaram meditação estilo Zen durante um retiro espiritual de quatro dias (eram praticados, no mínimo, oito horas de meditação diárias).
Alguns dos participantes dedicaram duas horas de meditação para focalizar especificamente a atividade do dedo indicador da mão direita, tentando concentrar-se nas sensações obtidas por esse dedo.
No final do retiro, esse grupo apresentou uma melhoria de 17 por cento na capacidade de identificar estímulos pelo indicador. Os investigadores referem que o resultado é comparável à melhor acuidade sensorial obtida pelos cegos, que varia de 15 a 25 por cento acima da média da população.
Treinar as capacidades sensoriais e físicas apenas através da meditação produz benefícios comparáveis aos obtidos pelos treinos físicos de longo prazo, destaca o artigo.
"O nosso conceito de neuroplasticidade deve ser ampliado, porque a atividade mental parece induzir efeitos de aprendizagem similares à estimulação e ao treino físico ativos", sublinhou Hubert Dinse, da Universidade Ruhr, na Alemanha, que liderou o estudo.