
Portugal enfrenta surto de hepatite A
SOCIEDADE E SAÚDE
Tupam Editores
Portugal está a registar um surto de hepatite A, tendo sido já registados 123 casos da doença desde janeiro, no território continental, porém com tendência crescente. A maioria dos doentes é do sexo masculino e cerca de metade está internada.
Quase todos os casos da patologia foram sinalizados na Grande Lisboa e em Coimbra. O surto está a afetar mais 12 países da Europa, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
"No ano passado, na Europa, começou-se a assistir a esta atividade anormal da doença. Parece ter tido origem na Holanda e espalhou-se depois para outros países. O Reino Unido foi o primeiro a reportar um aumento do número de casos e, atualmente, são cerca de 13 países que reportam este aumento, incluindo Portugal", explicou a diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais da DGS, Isabel Aldir.
A situação desta "atividade epidémica parece estar associada com muita frequência" a uma transmissão por via sexual através de determinadas práticas, sobretudo entre homens, que fazem com que haja um aumento do risco de transmissão da doença, disse a responsável, acrescentando que a principal forma de contágio é através da via fecal-oral.
"Manter práticas de higiene pessoal, doméstica, normais, uma lavagem correta das mãos quando se vai preparar as refeições ou quando se vai à casa de banho, é também das medidas mais eficientes" para prevenir a doença, indicou.

"E porque nesta situação em concreto têm sido assinaladas esta via de transmissão sexual, é de facto na sua vida sexual que cada indivíduo deve adotar medidas para a redução do risco", alertou ainda a diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais.
Ao contrário da hepatite B e da hepatite C, que podem evoluir para a cronicidade, a hepatite A é uma doença autolimitada, curável e benigna.
Isabel Aldir explicou ainda que não há nenhum tratamento específico para a hepatite A, "a não ser o repouso, a não ingestão de bebidas alcoólicas ou evitar a toma de medicamentos que possam ser mais agressivos para o fígado", acrescentando que existe "o ciclo normal da doença e há depois uma recuperação para o estado de saúde prévio do indivíduo".


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