Um novo estudo colaborativo liderado por investigadores do Instituto de Pesquisa Sanford Burnham e da Universidade de San Diego, ambos nos Estados Unidos, descobriu que uma medicação usada para prevenir e tratar a malária também pode ser eficaz contra o vírus Zika.

O fármaco cloroquina tem uma longa história de uso seguro durante a gravidez e é relativamente barato. A pesquisa foi publicada na Scientific Reports.

"Ainda há uma necessidade urgente de reforçar a nossa capacidade de preparação e capacidade para responder ao próximo surto de Zika", disse um dos investigadores, que examinou o efeito da cloroquina em organoides do cérebro humano e ratas grávidas infetados com o vírus, tendo descoberto que o fármaco reduziu a quantidade de vírus Zika no sangue materno e nas células progenitoras neurais no cérebro fetal.

As fêmeas grávidas receberam cloroquina através da água potável em doses equivalentes a níveis aceitáveis utilizados em seres humanos.

Esta pesquisa foi a primeira a estudar a infeção pelo vírus Zika em modelos animais; segundo os investigadores, estas cobaias em específico representam com mais precisão a forma como o vírus Zika infeta homens, mulheres e bebés no útero.

“Embora a cloroquina não tenha erradicado completamente o Zika dos animais infetados reduziu a carga viral, sugerindo que pode limitar o dano neurológico encontrado em recém-nascidos infetados pelo vírus", acrescentaram os especialistas.

Agora serão necessários estudos adicionais para determinar os detalhes precisos de como o fármaco funciona.