
Colesterol elevado pode estar associado a menor risco de cancro da mama
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Tupam Editores
Depois de terem investigado 14 anos de dados de estudo em mais de um milhão de pessoas, investigadores da Universidade de Aston, no Reino Unido, descobriram que as mulheres diagnosticadas com colesterol elevado tinham menor probabilidade de desenvolver cancro da mama, em comparação com mulheres sem colesterol alto.
As descobertas, apresentadas no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que decorreu em Barcelona, sugerem que tomar estatinas pode proteger contra o cancro da mama.
Estudos anteriores haviam feito uma associação entre o colesterol alto e o risco de desenvolver cancro, daí que os investigadores tenham tentado descobrir se esta associação fazia sentido; assim, criaram este novo estudo para acompanhar as pacientes longitudinalmente e abordarem o relacionamento de forma mais robusta.
O estudo recolheu informações de mais de um milhão de pacientes, entre 2000 e 2013, período durante o qual os especialistas obtiveram registos de participantes do sexo feminino, com 40 anos ou mais, que foram e não foram diagnosticadas com colesterol alto no início do estudo, e que não apresentavam sinais de cancro da mama nesse momento.
A análise incluiu 16 043 mulheres diagnosticadas com colesterol alto e um grupo com o mesmo número de mulheres sem o problema, para comparação, sendo que a idade média das mulheres foi de 66 anos.
Depois de compararem os 14 anos de dados de seguimento nos dois grupos, os especialistas encontraram uma menor percentagem do cancro da mama no grupo do colesterol alto, em comparação com o grupo que não recebeu esse diagnóstico na linha de base (0,5 por cento em comparação com 0,8 por cento).
Mais análises revelaram probabilidades significativamente menores de cancro da mama nas pacientes com alto colesterol, em comparação com as que não receberam esse diagnóstico; o grupo que tinha sido diagnosticado com colesterol alto na linha de base também apresentou menores taxas de morte em comparação com o grupo que não tinha.
A equipa concluiu que o estudo longitudinal retrospetivo mostrou que o diagnóstico de colesterol alto "tem um efeito altamente protetor sobre o desenvolvimento subsequente do cancro da mama". Embora não tenham investigado os motivos subjacentes aos resultados, os investigadores sugerem que "o tratamento com estatinas ou um estilo de vida mais saudável pode contribuir".


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