
Cafeína pode contribuir para redução da mortalidade em pacientes com doença renal crónica
DIETA E NUTRIÇÃO
Tupam Editores
Um estudo de pesquisadores do Centro Hospitalar Lisboa Norte concluiu que a ingestão de cafeína, em determinadas doses, pode ter um efeito protetor contra a mortalidade em pacientes portadores de doença renal crónica (DRC).
A pesquisa foi apresentada recentemente na reunião anual da American Society of Nephrology, realizada de 31 de outubro a 5 de novembro de 2017 em Nova Orleães, nos Estados Unidos.
Durante a pesquisa, foi avaliada a associação entre a cafeína e a mortalidade entre 2328 pacientes com DRC, num estudo de coorte prospetivo utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (1999 a 2010).
Os dados apurados mostraram uma associação inversa dose-dependente entre a cafeína e a mortalidade por todas as causas. Em comparação com indivíduos no primeiro quartil de cafeína, aqueles no segundo, terceiro e quarto quartis apresentaram índices de risco ajustados para mortalidade de 0,88 - 0,78 e 0,76 respetivamente.
Esta associação foi independente de outras variáveis, incluindo idade, sexo, raça, renda familiar anual, nível de escolaridade, taxa de filtração glomerular estimada, relação albumina/creatinina, hipertensão, estado de tabagismo, dislipidemia, índice de massa corporal, eventos cardiovasculares anteriores e dieta.
Os resultados sugerem, desta forma, que aconselhar os pacientes com DRC a ingerir mais cafeína, em determinadas doses, poderá reduzir a mortalidade entre estes doentes.


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