O consumo de brócolos ajuda a promover a saúde e o bom funcionamento dos intestinos, revela um estudo de investigadores internacionais, que destaca ainda que os intestinos estão relacionados com o cérebro e podem desempenhar uma função protetora contra o desenvolvimento de doenças como Parkinson e Alzheimer.

Testes realizados com animais em laboratório mostraram que aqueles que incluem brócolos na sua dieta regular foram mais capazes de tolerar problemas digestivos similares aos que afetam os humanos, como a colite e outros mais graves.

A chave para o processo de proteção intestinal parece ser um recetor no intestino denominado recetor de hidrocarbonetos Aryl, ou AHR. O recetor ajuda o organismo a regular a sua reação a certos contaminantes ambientais, além de desencadear outras respostas à exposição a toxinas, explicou o investigador Gary Perdew, da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

A equipa sugere que os vegetais crucíferos - como brócolos, couve-de-bruxelas e repolho - contêm um composto químico orgânico denominado indol glucosinolato, que se divide noutros compostos, incluindo indolocarbazol - ICZ, no estômago.

Quando o ICZ se liga e ativa o recetor de hidrocarboneto de Aryl (AHR) no revestimento intestinal, este ajuda a manter um equilíbrio saudável na flora intestinal e na vigilância imunológica, e melhora a função de barreira, de acordo com os pesquisadores.

Esse processo pode ajudar a prevenir doenças, como vários tipos de cancro e Doença de Crohn, causada por uma inflamação no revestimento do intestino.