Folhas de oliveira são um superalimento para a nutrição humana
A natureza oferece uma infinidade de produtos vegetais ricos em antioxidantes naturais, que comprovadamente são benéficos para a saúde. A oliveira é uma das árvores mais valorizadas da dieta mediterrânica, principalmente porque o seu fruto é utilizado para produzir o chamado ouro líquido – o azeite. No entanto, as folhas desta árvore passam muito despercebidas, e até agora eram utilizadas apenas como suplemento alimentar para o gado e para infusão na água.

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Alimentar-se nos dias de hoje é, para muitos, sinónimo de consumir produtos enlatados e processados – distribuídos estrategicamente pelas prateleiras dos supermercados para cativar o consumidor. LER MAIS
As folhas de oliveira são ricas num composto fenólico chamado oleuropeína, com alto poder antioxidante, propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e antivirais.
Recentemente, uma equipa de investigadores de Granada desenvolveu o Grupo Operacional Biorevaleaf, cujo principal objetivo é transformar folhas de oliveira num superalimento, transformando-as numa fonte de fitoquímicos e nutrientes bioativos.
Especificamente, os investigadores pretendem transformar o “subproduto” da folha de oliveira em óleos funcionais enriquecidos com esses compostos através da bioatividade. Isso resultaria em compostos bioativos de alto valor para aplicação na formulação de azeites funcionais, usando processos de fermentação.
Os resultados esperados do projeto são a revalorização integral de um dos principais subprodutos da oliveira, ou seja, das suas folhas. Graças às suas propriedades funcionais e características tecnológicas, este produto pode ser utilizado na indústria alimentícia para formular alimentos.
Além disso, este grupo operacional estreitará os laços entre o setor do azeite e os organismos de investigação, uma vez que os resultados obtidos permitirão uma revalorização destes subprodutos da azeitona, possibilitando uma maior rentabilidade económica. Isso beneficiará tanto o setor do azeite, quanto o setor alimentício.
Espera-se, então, que os resultados obtidos neste grupo de trabalho também contribuam para a bioeconomia circular, dando uma segunda vida aos resíduos do olival produzidos pela indústria do azeite que geralmente são descartados, o que também reduziria seu impacto ambiental.