Uma das principais funções do sono é permitir que o cérebro se recupere e autorrepare. O efeito principal ocorreria no córtex, a parte do cérebro responsável pela memória, pensamento e linguagem. Essa parte do cérebro “desliga” durante o sono profundo, logo, quanto mais o cérebro trabalha durante o dia, mais tempo precisa para se recuperar, sendo necessário mais tempo de sono.

Um artigo da autoria de Alison Deshong revela que estas diferenças podem estender-se além do cérebro, e aspetos como anatomia, genética, hormonas e até expetativas culturais sobre comportamento e características associadas a uma pessoa também podem ter uma influência significativa.

Os especialistas sugerem que a falta de sono entre as mulheres afeta vários aspetos das suas vidas e também das suas famílias, e pode piorar sintomas como dor, ansiedade e depressão. Uma carga emocional entre o trabalho externo e as responsabilidades domésticas pode estar por trás dessa necessidade.

Ainda assim, as mulheres têm tendência para ter 40% mais probabilidades de sofrer de insónias e mais do que o dobro de probabilidades de sofrer da síndrome das pernas inquietas. Convém referir que fatores como alterações hormonais, menstruação, gravidez ou menopausa também podem causar insónias. Por outro lado, ritmos circadianos mais curtos – ciclos biológicos que desempenham diferentes funções no corpo – podem igualmente influenciar os padrões de sono.

Seja para as mulheres ou para os homens, um bom descanso está intimamente relacionado a uma boa saúde. Assim, os especialistas recomendam uma média de 7 a 8 horas de sono por dia para um funcionamento mental saudável em adultos, embora isso possa variar de pessoa para pessoa. E realçam que a falta de sono aumenta a probabilidade de sofrer de doenças como diabetes, doenças cardíacas, obesidade e depressão, entre outras.