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Estudo revela quantas vezes é normal acordar durante a noite

Não dormir a noite toda de seguida e acordar no meio é mais habitual do que se imagina. As investigações científicas sobre o assunto revelam que os despertares noturnos são comuns. São poucos os que dormem sempre a noite toda de seguida, no entanto, às vezes os despertares são tão momentâneos que as pessoas não têm consciência ou não se lembram deles.

Estudo revela quantas vezes é normal acordar durante a noite

DOENÇAS E TRATAMENTOS

NÃO SE ESQUEÇA DE DORMIR!


Um estudo levado a cabo pelo psiquiatra Maurice Ohayon, investigador da Universidade de Stanford, na Califórnia, descobriu que uma em cada três pessoas desperta, em média, até três vezes durante a noite. O facto não significa que essas pessoas estejam insatisfeitas com o seu sono. A satisfação é determinada pela dificuldade em adormecer, pela forma como a pessoa se sente ao acordar e como se sente no dia seguinte.

Os despertares variam dependendo do estágio da vida, ou seja, com a idade e as circunstâncias. Os bebés acordam em média nove vezes por noite e com um ano esse número passa para quatro ou cinco vezes. À medida que crescem esses despertares diminuem. Os adolescentes dormem mais profundamente e durante mais tempo. Eles alteram o seu ritmo circadiano, o relógio biológico, o que os torna mais noctívagos e dormem mais horas durante o dia.

Quando aos adultos, dois ou três despertares por noite não são motivo de preocupação. Um estudo da National Sleep Foundation, nos Estados Unidos, acredita que é normal acordar apenas uma vez na noite, mas outro estudo da Universidade Johns Hopkins revela que os adultos acordam até vinte vezes sem perceber.
A partir dos 60 anos o sono tende a surgir mais cedo. As pessoas deitam-se mais cedo, não sendo incomum acordar às quatro da manhã com a sensação de que o sono acabou. Esse sono também se torna mais leve e o número de despertares aumenta.

Para além das preocupações, são vários os motivos que contribuem para os despertares noturnos. Por exemplo, os maus hábitos de sono (horários irregulares, jantares tardios ou más condições ambientais, como excesso de barulho, luz, calor ou parceiro inquieto); o uso de substâncias (a cafeína, o álcool ou certos medicamentos pode afetar a continuidade do sono); e doenças, como a apneia do sono, a síndrome das pernas inquietas e até a depressão, que está intimamente relacionada à fragmentação do sono.
Outros distúrbios como o próprio ressonar, que também pode acordar a pessoa, o refluxo gastroesofágico ou a dor crónica também interferem.

Segundo o investigador, mudar hábitos (horários fixos para dormir, jantar cedo, evitar cafeína à tarde, etc.), levar a vida com mais calma e fazer exames para descartar problemas médicos são as três recomendações básicas para garantir uma boa noite de sono.

Muitas vezes dormir acompanhado pode não ser boa ideia, principalmente se o companheiro ressonar ou se movimentar muito de noite. Se for esse o caso conversem sobre a possibilidade de passarem a dormir separados.

Se acordar de noite não fique stressado ou obcecado em voltar a adormecer imediatamente. Às vezes a solução está em ler um pouco para pensar noutra coisa e ficar com sono novamente.

Fonte: Tupam Editores

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