Estudo descobre que 41% das pessoas tem joelhos que estalam
Quase metade da população tem joelhos que estalam, apurou um estudo realizado por investigadores da Universidade La Trobe, na Austrália. O joelho é a maior e mais complexa articulação do corpo. A crepitação no joelho – o estalo ou ruído audível e/ou palpável que a articulação emite durante a sua movimentação –, é comum em todas as faixas etárias e nem sempre significa problemas subjacentes.
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A investigação, publicada recentemente no British Journal of Sports Medicine, analisou os resultados de 103 estudos envolvendo mais de 36.000 pessoas (42.816 joelhos) e descobriu que 41% da população tinha joelhos que estalavam.
Este crepitar dos joelhos era comum em pessoas com e sem lesão no joelho. Os especialistas descobriram que 36% das pessoas sem lesão no joelho tinham joelhos que estalavam, embora fosse muito mais comum em pessoas com lesão na cartilagem. Os dados revelaram que em 81% das pessoas com osteoartrite do joelho, estes estalavam.
Uma das descobertas mais preocupantes da equipa foi que as pessoas com joelhos que estalavam tinham mais de três vezes maior probabilidade de serem diagnosticadas com osteoartrite e duas vezes mais probabilidade de apresentar alterações na articulação do joelho relacionadas à osteoartrite em exames de ressonância magnética (RM).
Embora a razão dos joelhos crepitarem já seja debatida há décadas, as evidências atuais não podem determinar com segurança porque isso ocorre.
Segundo Jamon Couch, fisioterapeuta da La Trobe, apesar de a investigação das consequências a longo prazo da crepitação do joelho estar em curso, na maior parte das vezes as pessoas não se devem preocupar com o barulho dos seus joelhos e devem ser encorajadas a continuar a fazer exercícios. Não sendo doloroso, provavelmente não estará a causar danos.