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Plano de emergência avança com 14 medidas concluídas ou em curso

Das 15 medidas urgentes do Plano de Emergência e Transformação da Saúde, oito já foram concluídas, seis estão em andamento e uma ainda será iniciada, conforme explicou a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, numa conferência de imprensa onde fez o primeiro balanço da implementação do plano, 100 dias após a sua aprovação.

Plano de emergência avança com 14 medidas concluídas ou em curso

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"Aquilo que ainda não foi feito está a ser preparado da forma necessária", afirmou, sublinhando que "algumas medidas enfrentam obstáculos legais" e que não é possível "transformar tudo em três meses", acrescentando que "ninguém prometeu isso".

O Plano divide as 54 medidas em três categorias: 15 urgentes, destinadas a resolver problemas imediatos; 24 prioritárias, para necessidades a curto e médio prazo; e 15 estruturantes, focadas na reforma do sistema de saúde.

Entre as medidas urgentes, a Ministra destacou a redução da lista de espera para cirurgias oncológicas – OncoStop2024 –, com a realização de 25 800 cirurgias entre 1 de maio e 30 de agosto, representando um aumento de 15,8% face a 2023. "Agora, não há doentes com cancro a aguardar cirurgia além do tempo clinicamente aceitável", disse, acrescentando que 99% desses doentes foram operados no Serviço Nacional de Saúde.

Outra medida concluída foi o reforço da Linha SNS24, que "se aproxima do cidadão". Em três meses, a linha realizou 51 589 chamadas e agendou 7 370 cirurgias.

A linha SNSGrávida, também uma medida urgente, registou 25 718 chamadas entre junho e agosto. Destas, 3 666 grávidas foram aconselhadas a permanecer em casa e 3 685 foram encaminhadas para cuidados de saúde primários, evitando, assim, a sobrecarga das urgências.

Ana Paula Martins reconheceu que "nem tudo correu bem" nas urgências de obstetrícia, com algumas a encerrar temporariamente. No entanto, as grávidas podem consultar online as urgências disponíveis diariamente. O Governo continuará a trabalhar para reformar as urgências de obstetrícia, uma promessa de longa data de sucessivos governos.

Foram criados dois centros de atendimento clínico em Lisboa (Sete Rios) e Porto (Prelada), que já atenderam 2 043 utentes. Estes centros ajudaram a reduzir os tempos de espera, com uma média de 15 minutos.

A Ministra sublinhou o desafio do "tema da saúde próxima e familiar". Quando o Governo tomou posse, 1,7 milhões de portugueses estavam sem médico de família. Embora as medidas estejam em progresso, Ana Paula Martins garantiu que "não vamos desistir de nenhuma".

Uma das novas iniciativas é a criação de Unidades de Saúde Familiar modelo C, geridas pelo setor social e privado, para reforçar a assistência nas regiões mais carenciadas.

Fonte: Tupam Editores

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