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Perturbações do sono infantil: como os pais devem reagir

Muitas crianças têm dificuldade em adormecer e, durante a noite, acordam várias vezes assustadas… e assustam os pais! Mas os estudos demonstram que as perturbações do sono nas crianças são muito comuns.

Perturbações do sono infantil: como os pais devem reagir

DOENÇAS E TRATAMENTOS

NÃO SE ESQUEÇA DE DORMIR!


Na verdade, cerca de 75% das crianças teve ou terá alguma vez um pesadelo. Começam a manifestar-se a partir dos 2 anos de idade, o seu pico de incidência ronda os 6 anos e pelos 10-11 anos começam a diminuir de frequência, embora se possam prolongar pela adolescência e mesmo até à idade adulta.

Habitualmente ocasionais, os pesadelos são sonhos que produzem medo, terror, ou angústia. Costumam acontecer na segunda metade da noite. Quando a criança acorda costuma lembrar-se do que estava a sonhar (perseguições, fantasmas, monstros). Podem ser provocados por contos de terror, pelos programas violentos de televisão ou cinema e também por situações que criam ansiedade.

Apesar das crianças conseguirem descrever o seu sonho logo que sabem falar, a compreensão de que um sonho não é real ainda não existe. Ao contrário das crianças de 8 anos, que já possuem um perfeito entendimento dos sonhos como processos do pensamento, as crianças mais pequenas não são capazes de distinguir entre os sonhos e a realidade.

Pela mesma razão, para uma criança entre os 10 e os 18 meses que não possui ainda o vocabulário suficiente para exprimir o que a preocupa, um pesadelo pode ser uma experiência extremamente perturbadora. Se a criança for acordada no meio de um sonho terá mais probabilidades de se lembrar dele, por isso, se só ouvir queixas ou murmúrios não a acorde. Mas, e se a criança acordar a chorar e assustada, sabe o que fazer?

Antes de mais, atenda ao seu chamamento, ouça-o e preste toda a atenção à sensação de medo com que ele acordou. Ele pode não conseguir ainda distinguir o sonho/imaginário da realidade;
Sente-se ao lado dele e tente explicar-lhe que, durante o sono, imaginamos coisas que não são verdadeiras;
Tente acalmá-lo com suavidade, acarinhando-o até que volte a adormecer;
A presença de um objeto de companhia (ursinho, boneca, mantinha) pode ajudá-lo a sentir-se mais protegido;
Se necessário, deixe uma luz de presença ligada e a porta do quarto aberta.

Acima de tudo, não desvalorize a situação de medo/ansiedade em que a criança acorda; não se zangue com ela, pois ela não tem culpa, e a sua atitude de tensão só vai aumentar a ansiedade da criança. Não a leve para a sua cama para não lhe passar a mensagem de que aí estará mais segura.

Tenha em mente que os pesadelos fazem parte do normal desenvolvimento da criança e só preocupam se se tornarem muito frequentes, se prolongarem por muito tempo e/ou tiverem repercussão no dia-a-dia da criança, como, por exemplo, lhe provocarem alterações do humor, sonolência, hiperatividade, diminuição do desempenho escolar ou levarem a resistência na hora do deitar.
Nesse caso, deverá consultar o médico assistente ou ir a uma consulta de especialidade, até porque “dormir bem dá saúde e faz crescer” as crianças!

Fonte: Tupam Editores

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