Níveis de cortisol são determinantes para a saúde e bem-estar
Conhecido como “hormona do stress”, o cortisol é muitas vezes considerado um inimigo da saúde, no entanto, é essencial para o funcionamento do organismo. Produzida pelas glândulas suprarrenais, a hormona exerce diferentes funções, atuando na regulação do metabolismo, do sistema nervoso central e do sistema imunológico.
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A maioria das células do corpo tem recetores para esta hormona, por isso interfere em diversos processos fisiológicos como, por exemplo, controlo da pressão arterial, formação da memória, regula os níveis de açúcar no corpo, regula o estado emocional, mantém os níveis de atenção, contribui para a rotina de sono e tem um efeito imunossupressor e anti-inflamatório.
A substância também regula os níveis de gordura, proteínas e hidratos de carbono no organismo, garantindo ao corpo a energia para realizar as atividades diárias. No caso das mulheres, ainda auxilia no desenvolvimento do feto durante a gravidez.
Por ter atuação direta em tantos processos do corpo humano é essencial mantê-lo em níveis adequados, de forma a garantir a saúde e o bem-estar do organismo.
Quando os níveis de cortisol estão altos podem causar problemas de saúde como ansiedade e síndrome de Cushing. De entre os sintomas que indicam um funcionamento anormal do organismo, o destaque vai para a fadiga em excesso, aumento de peso, nível de glicose elevado no sangue, tensão alta, perda muscular, alterações no apetite, mudanças no ciclo menstrual, imunidade baixa e aumento de inflamações. Em alguns casos os níveis elevados de cortisol também podem levar a um quadro de depressão.
Mas os níveis baixos da hormona também podem prejudicar a saúde, apresentando sintomas e desencadeando doenças, como a insuficiência adrenal. Os principais sinais de produção hormonal baixa incluem perda de peso, fadiga em excesso, pressão baixa, falta de apetite, irritabilidade, oscilações de humor, alterações na pele, anemia e inflamações frequentes. Tal como acontece quando os níveis estão elevados, a produção irregular também pode desencadear depressão.
Além dos exames de rotina, que ajudam a prevenir um desequilíbrio hormonal, incluir alguns hábitos no dia-a-dia pode contribuir para a produção adequada da substância.
Manter uma boa rotina de sono é um deles – a qualidade do sono influencia a regulação da hormona no organismo. A alimentação tem impacto na saúde em diversas formas, inclusive no desequilíbrio do cortisol, por isso adote hábitos alimentares mais saudáveis.
Uma vez que a hormona é ativada em situações de possível ameaça e poderá ter os níveis elevados em casos de stress crónico, cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. A prática de exercício físico e de meditação também podem ajudar a gerir e entender as emoções.
Se experimentar sintomas recorrentes deverá procurar um endocrinologista, que avaliará o quadro e posteriormente indicará ações de controle ou reposição hormonal, consoante o caso. As alterações poderão ser identificadas através de exames de sangue ou urina que serão solicitados pelo especialista após análise clínica, a fim de obter um diagnóstico correto.