VÍRUS

Parvovírus: saiba o que é, quem está em risco e como se transmite

A semana passada a Direção-Geral de Saúde (DGS) emitiu recomendações aos profissionais de saúde que prestam cuidados a grávidas devido a um aumento de infeções pelo parvovírus B19, que pode provocar a morte aos fetos até às 20 semanas de gestação.

Parvovírus: saiba o que é, quem está em risco e como se transmite

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Estes profissionais devem manter-se vigilantes em relação à infeção pelo Parvovírus B19, e incluir, no momento de avaliação dos utentes pertencentes aos grupos-alvo, um momento de aconselhamento e informação. Mas, afinal, que vírus é este?

O Parvovírus B19 é o vírus que está na origem do eritema infecioso, doença também conhecida como “quinta doença” ou “doença da bofetada”, e começa por se manifestar através da formação de manchas avermelhadas nas bochechas, cujo aspeto é semelhante a uma face esbofeteada.
A doença afeta, principalmente, crianças entre os cinco e os sete anos, mas pode ocorrer em crianças mais velhas, até aos 14 anos, e em adultos, designadamente mulheres grávidas.

Segundo a DGS, dois terços da população é imune ao vírus devido a infeções anteriores. Estima-se que o Parvovírus provoque aborto e morte fetal em 13% dos casos, quando a infeção ocorre em gestações com menos de 20 semanas, pelo que 30% a 40% das grávidas podem ser suscetíveis à infeção. Em caso de infeção até esta altura, podem ocorrer complicações com consequências graves para o feto, como anemia, hidrópsia fetal e aborto e morte intrauterina. Para já não são recomendadas medidas específicas à população em geral.

Com sintomatologia inicial semelhante a uma gripe, a infeção por Parvovírus dissemina-se por via aérea, através do contacto com gotículas expelidas com a tosse ou espirros e do contacto mão-boca, e por lenços de papel sujos, copos e talheres. Pode transmitir-se, também, por exposição a produtos derivados de sangue ou transplante de medula óssea. Contudo, é preciso haver uma interação próxima e prolongada entre as pessoas para o vírus se propagar. No caso das grávidas, passa normalmente da mãe infetada para o feto através da placenta.

O período de incubação da doença é de quatro a 14 dias, sendo que a erupção e a doença duram geralmente dez dias. O doente é considerado infecioso durante cinco dias, o que quer dizer que quando aparecem as erupções cutâneas e se faz o diagnóstico, já não a pode transmitir. Normalmente, o eritema da face é o primeiro a desaparecer, no espaço de um a cinco dias, mas as restantes manchas avermelhadas podem manter-se visíveis entre cinco a 20 dias.

Por se transmitir por via aérea, a prevenção passa pela lavagem frequente das mãos, especialmente antes de comer e depois de ter tocado em objetos contaminados, assim como a higienização adequada do ambiente em que se encontra. Deve ser evitado ainda o contacto com pessoas infetadas.

Fonte: Tupam Editores

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