Criança segura: recomendações para prevenir afogamentos
No verão, a água é fonte de diversão e relaxamento, mas tem riscos quando não se tomam as devidas precauções. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 236 mil pessoas morrem por afogamento todos os anos. A nível mundial, as taxas de afogamento mais elevadas registam-se em crianças com entre 1 e 4 anos e em crianças de 5 a 9 anos. De acordo com a APSI (Associação para a Promoção de Segurança Infantil), em Portugal, o afogamento é a segunda causa de morte acidental nestas faixas etárias.
BELEZA E BEM-ESTAR
PISCINAS, HIDROTERAPIA... NATAÇÃO
A água é um excelente condutor de energia e permite aos seus praticantes uma sensação de prazer e bem estar na realização dos exercícios, independentemente do objetivo da prática aquática. LER MAIS
Os dados enfatizam a importância de não se perderem as crianças de vista quando há água por perto. Isto porque o afogamento normalmente ocorre de maneira rápida e silenciosa. Para uma criança perder a consciência basta estar submersa apenas dois minutos, e em quatro minutos, já é possível haver danos irreversíveis ao cérebro.
Assim, em hipótese alguma, nem por um segundo, deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água. Esta vigilância deve ser ativa e constante – e isso significa não estar distraído com o telemóvel, a conversar ou a beber. Em festas ou reuniões, estabeleça turnos, para que os adultos também se possam divertir sem negligenciar a segurança das crianças.
Esvazie sempre baldes, banheiras e qualquer recipiente de água após o uso. Em caso de queda ou desequilíbrio um bebé pode afogar-se até em recipientes com apenas 2,5 cm de água. Durante o uso deste tipo de recipientes não deixe as crianças sem supervisão.
As piscinas devem ser sempre cercadas de forma que a criança não consiga ter acesso sozinha, e aqui também se incluem as piscinas insufláveis ou de armação. Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos destes espaços. Tenha em atenção que os alarmes e as capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes.
Os auxiliares de flutuação não substituem a vigilância dos adultos mas a utilização de braçadeiras e coletes salva-vidas, por exemplo, pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Existem muitos produtos no mercado (ex. bóias e colchões insufláveis) que não sendo equipamentos de segurança, se confundem facilmente com auxiliares de flutuação e que se podem tornar muito perigosos pois podem estourar ou virar a qualquer momento.
Crianças a partir de um ano têm menos risco de afogamento se já tiveram aulas de natação. É importante aprenderem a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também. Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso.
A forma mais eficaz de prevenção do afogamento é o controlo do acesso à água. Só uma vigilância ativa e constante por parte dos adultos permite uma prevenção eficaz. O primeiro dia e o final da tarde são os momentos em que acontecem mais afogamentos. Não se distraia!