A alergia ao amendoim costuma ser uma das primeiras a desenvolver-se, geralmente entre os seis e os doze meses de idade, logo, a prevenção deverá ser feita antes dessa altura. O fenómeno dá pelo nome de indução de tolerância oral – um tratamento de dessensibilização que consiste em administrar pequenas quantidades do alimento ao qual a pessoa é alérgica até que se atinja um nível de tolerância adequado à sua idade.

Até 2008, a Academia Americana de Pediatria recomendava adiar a introdução de alimentos altamente alérgicos, mas ficou demonstrado que isso não prevenia o aparecimento da doença, muito pelo contrário.

Os participantes do ensaio randomizado de consumo de amendoim foram avaliados quanto à alergia ao fruto seco após um longo período de ingestão ou evitação do alimento, conforme desejado. O desfecho primário foi a taxa de alergia ao amendoim aos 144 meses de idade.

Aos 144 meses de idade, a alergia ao amendoim permaneceu significativamente mais prevalente em participantes no grupo original de evitação do amendoim do que no grupo original de consumo de amendoim (15,4% [38 de 246 participantes] vs. 4,4% [11 de 251 participantes]. Os participantes de ambos os grupos relataram evitar amendoim por períodos prolongados de tempo entre os 72 e os 144 meses.

Os investigadores concluíram que o consumo de amendoim, começando na infância e continuando até os 5 anos de idade, proporcionou tolerância duradoura ao amendoim na adolescência, independentemente do consumo subsequente de amendoim, o que demonstra que a prevenção e a tolerância a longo prazo podem ser alcançadas na alergia alimentar.