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Reduzir tempo de écran semanal beneficia saúde mental infantil

Uma equipa de psicólogos e especialistas em saúde mental de várias instituições na Dinamarca, em conjunto com um colega do Reino Unido, descobriu que reduzir o tempo de écran das crianças para apenas três horas por semana pode resultar em melhorias significativas na sua saúde mental.

Reduzir tempo de écran semanal beneficia saúde mental infantil

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Investigações anteriores haviam sugerido que as crianças que passam longos períodos de tempo a utilizar dispositivos eletrónicos – seja para assistir filmes ou vídeos, nas redes sociais ou a jogar videojogos – tendem a desenvolver problemas de saúde mental, como comportamento antissocial e dificuldades em lidar com emoções.

Esses estudos revelaram que as crianças na Dinamarca passam em média de 7 a 8 horas com os seus dispositivos eletrónicos pessoais todos os dias – uma estatística que sugere que a maioria das crianças faz pouco além de ir à escola e brincar com os seus telefones, tablets ou computadores.

O objetivo do novo estudo, publicado no JAMA Network Open, era investigar os efeitos de uma intervenção de redução de tempo de écran de duas semanas na saúde mental de crianças e de adolescentes.

O ensaio clínico randomizado incluiu 89 famílias (com 181 crianças e adolescentes) de 10 cidades dinamarquesas na região do sul da Dinamarca. Durante a investigação todas as crianças foram testadas utilizando o “Questionário de Pontos Fortes e Dificuldades” com o intuito de aprender mais sobre as suas habilidades sociais, comportamento geral, estabilidade emocional e saúde mental.

Posteriormente, os investigadores pediram às crianças de 45 das famílias envolvidas que restringissem o uso de dispositivos eletrónicos a apenas três horas por semana (sem incluir o uso escolar), durante duas semanas. Para garantir que tudo estava em conformidade, foram instalados monitores de vídeo nas casas dos participantes.

Depois, todas as crianças tiveram de preencher o mesmo questionário novamente para ver se havia alguma diferença. A equipa concluiu que existiam melhorias significativas nas habilidades sociais das crianças, incluindo reduções em problemas comportamentais e no tratamento de questões emocionais.

Fonte: Tupam Editores

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