Para começar, convém esclarecer que a radiação emitida pelo microondas é segura e inofensiva, pois é uma radiação eletromagnética de baixa frequência. A comida aquece através da absorção dessa radiação que provoca uma espécie de vibração – essa radiação não é ionizante, logo não há riscos para a saúde.

Quanto à perda de nutrientes durante o aquecimento, os estudos têm revelado que os legumes, por exemplo, perdem realmente parte do seu valor nutricional quando aquecidos no microondas, sobretudo se forem aquecidos durante muito tempo.

Alguns ingredientes perdem, inclusive, grande parte dos seus flavonoides, substâncias conhecidas pelas suas propriedades anti-inflamatórias, mas outros alimentos poderão até ficar mais ricos nestes compostos. Repare-se, no entanto, que outros métodos de aquecimento, como o vapor, também eliminam substâncias dos ingredientes.

Já se o tempo de aquecimento no microondas for menor, estas perdas não serão tão significativas. Além disso, e no que diz respeito aos vegetais, a perda nutricional vai depender da sua textura e dos nutrientes que contêm. Por exemplo, alguns estudos mostram que, quando aquecidos no microondas, a abóbora, as ervilhas e o alho-francês perdem fenólico, mas o mesmo não acontece com os espinafres, os pimentos, os brócolos ou com o feijão verde.

Convém ter em mente que, apesar de ser globalmente seguro aquecer comida no microondas, não se deve exagerar no tempo de aquecimento dos alimentos, e dar preferência a recipientes de cerâmica ou de vidro para esse efeito. Se optar por recipientes de plástico, deve evitar os mais antigos e desgastados pois costumam libertar mais substâncias químicas.

Outro cuidado a ter prende-se com o aquecimento irregular dos alimentos, que é algo normal de acontecer quando se usa o microondas. É importante ter em conta que ao aquecer comida no microondas deve garantir que os alimentos atingem os 82°C, de modo a eliminar quaisquer bactérias nocivas existentes neles.