Novo medicamento pode aliviar sintomas da menopausa
Uma investigação realizada por investigadores da Universidade da Flórida Central (UCF) permitiu descobrir um medicamento inovador que pode vir a ser usado para tratar alguns sintomas da menopausa, como a perda óssea e o aumento de peso.
Além de ser uma esperança para mulheres na pós-menopausa que enfrentam estes sintomas desafiadores, o medicamento experimental, denominado Pool 7 Compound 3 (P7C3), também está a ser considerado para o tratamento do Alzheimer, Parkinson e de outras doenças neurológicas.
Segundo Melanie Coathup, uma das responsáveis pelo estudo, os tratamentos atuais para a perda óssea na pós-menopausa têm como alvo células ou proteínas específicas e muitas vezes levam a complicações após um uso prolongado. Mas o P7C3 oferece uma nova abordagem ao reduzir potencialmente a perda óssea e atenuar o ganho de peso sem os efeitos adversos associados às terapias existentes.
Em estudos em ratinhos, o P7C3 não só preveniu a perda óssea, como manteve a resistência óssea, representando um avanço significativo nas estratégias de tratamento da osteoporose.
Os especialistas constataram que além dos efeitos promissores na densidade óssea e no peso corporal, o P7C3 também revelou potencial na redução da inflamação e na promoção da criação de tecido ósseo novo e saudável. O seu impacto no metabolismo da gordura e no microbioma intestinal realça ainda mais a abordagem abrangente da droga à saúde na pós-menopausa.
As descobertas sugerem que o P7C3 pode ter amplos benefícios terapêuticos, melhorando não apenas os tecidos ósseos e adiposos, mas possivelmente também a saúde muscular, a memória e a cognição.
Os investigadores alertam que embora os resultados do estudo da UCF, publicados na revista Advanced Science, sejam promissores, o P7C3 ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento. A sua eficácia e segurança devem ser rigorosamente testadas em humanos antes de poder ser considerado uma opção de tratamento viável para os sintomas relacionados com a menopausa.
Ainda assim, o estudo representa uma esperança cautelosa no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e menos problemáticos para as mulheres na pós-menopausa. E, a concretizar-se, esta inovação poderá melhorar significativamente a qualidade de vida de muitas mulheres.