Líquido incolor e inflamável, o benzeno é um produto químico amplamente utilizado na fabricação de borrachas, corantes, detergentes, plásticos e pesticidas. O produto químico também ocorre naturalmente, por exemplo em incêndios florestais. Outra importante fonte de exposição ao benzeno é o fumo do tabaco.

O laboratório conduziu testes de análise de espectrometria de massa por cromatografia gasosa a 175 produtos para a acne, com e sem prescrição médica, tendo-se identificado que os 99 produtos contendo peróxido de benzoílo criaram altos níveis de benzeno quando expostos a temperaturas mais altas.
Descobriram-se ainda quantidades significativas do carcinógeno no ar, ao redor dos produtos que continham peróxido de benzoílo. Ou seja, a substância pode sair de algumas embalagens, pelo que representa um risco de inalação.

O benzeno não foi detetado em produtos para a acne que utilizam ácido salicílico ou adapaleno.

Esta substância já havia sido encontrada em protetores solares, desinfetantes para as mãos e champô seco, levando à recolha desses produtos, no entanto, o laboratório sublinha que o benzeno encontrado nos produtos de tratamento da acne é substancialmente diferente.

O benzeno presente nos protetores solares e noutros produtos de consumo eram impurezas provenientes de ingredientes contaminados. Já o benzeno nos produtos à base de peróxido de benzoílo provém do próprio peróxido de benzoílo.

De acordo com David Light, presidente do Valisure, a concentração nos tratamentos de acne é 800 vezes superior ao limite imposto pelo regulador do medicamento dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration.
Por poder afetar tanto os produtos com prescrição médica quanto os vendidos sem receita, o problema requer ação urgente.