Estudo identifica mais 29 genes que elevam risco de acne
A acne é uma condição muito comum principalmente entre adolescentes e adultos jovens. Espinhas, quistos, mudanças na pigmentação da pele e cicatrizes estão entre os sintomas que se fazem notar, sobretudo no rosto. O problema, contudo, é mais sério, pois afeta também a autoestima de quem dele padece, causando danos psicológicos.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
ACNE, PROBLEMAS À FLOR DA PELE
Ainda que considerado um processo normal de desenvolvimento, a acne é simplesmente o grande inimigo dos adolescentes, e acaba por ser considerado uma doença "deformante". LER MAIS
Apesar do enorme avanço nos tratamentos para diversos problemas de pele, os métodos para combater a acne continuam limitados. Mas recentemente um estudo sobre a genética da acne identificou 29 regiões do genoma que influenciam esta condição cutânea. A descoberta abre novas possibilidades de tratamento e pode ajudar na identificação de indivíduos com alto risco de sofrer com acne severa.
O estudo, publicado na revista Nature Communications, foi apoiado pelo Instituto Nacional de Pesquisas de Saude da Inglaterra e é o mais amplo realizado acerca da genética da acne.
Foram examinados nove estudos de associação genómica ampla, que incluíam o sequenciamento completo do genoma de 20.165 indivíduos com acne e de 595.231 que sofriam do problema. Além das 29 novas variantes, o estudo científico confirmou 14 das 17 variantes genéticas já conhecidas por serem mais comuns em pessoas com pele acneica.
Segundo o professor Michael Simpson, da Universidade King’s College, em Londres, sabe-se que a causa do acne é complicada, pois mistura fatores biológicos como genética, hormonas, e até ambientais. Entender a genética da condição pode ajudar a discernir as suas diversas causas e encontrar o melhor tratamento. Trata-se de uma área muito promissora e que abre muitos caminhos para novas investigações.