Investigadores da Universidade de Waterloo desenvolveram um novo método de exame de sangue que pode detetar opioides potentes muito mais rapidamente do que as abordagens tradicionais, e potencialmente salvar vidas.

A maioria dos métodos utilizados para analisar o fentanil e os seus análogos do sangue total requerem protocolos manuais de preparação de amostras (extração em fase sólida ou extração líquido-líquido), seguidos de separação cromatográfica e deteção por espectrometria de massa. As principais desvantagens desses métodos são os tediosos fluxos de trabalho de preparação de amostras, que resultam em longos tempos de análise.

O novo método pode analisar simultaneamente 96 amostras de sangue que podem conter opiáceos como o fentanil em menos de três minutos, ou seja, duas vezes mais rapidamente que as outras técnicas.

No estudo, publicado na revista Analytical Chemistry, ao utilizar o método desenvolvido os especialistas colocam uma pequena quantidade de sangue numa placa de 96 poços de tampão fosfato.

A placa de poço é então colocada numa máquina que agita as amostras, e uma sonda de microextração em fase sólida (SPME) é introduzida para destacar os medicamentos de interesse. A amostra é então analisada por um espectrómetro de massa agregado a uma interface microfluídica aberta, com resultados disponíveis em cerca de 90 segundos.

De acordo com o Dr. Janusz Pawliszyn, autor correspondente do estudo, a procura por métodos de triagem rápidos que usem espectrometria de massa que possam diminuir o tempo de resposta, o custo e os limites de quantificação das metodologias existentes é enorme. O novo método visa não apenas o fentanil, mas também outras drogas e determinados tipos de doenças.