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Opioides aumentam risco de quedas em idosos acima de 85 anos

Uma equipa de investigadores do Centro Nacional de Pesquisa sobre Drogas e Álcool (NDARC) realizou um estudo com o intuito de explorar a associação entre a prescrição de opioides e as quedas entre os pacientes.

Opioides aumentam risco de quedas em idosos acima de 85 anos

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QUEDAS NO IDOSO


A investigação, publicada no JAMA Internal Medicine, examinou quedas que levaram os pacientes a recorrer às urgências, a internamentos hospitalares ou que causaram morte após a prescrição de um novo opioide entre 3,2 milhões de pessoas na coorte do estudo POPPY II – uma coorte retrospectiva de residentes da Nova Gales do Sul (NSW), Austrália.

Os especialistas descobriram que o uso atual de opioides estava associado a um risco substancial de queda grave entre todas as faixas etárias. No geral, uma em cada 10 pessoas na coorte sofreu uma queda grave durante o período do estudo, com taxas mais elevadas entre os períodos de uso de opiáceos em comparação com os períodos sem uso de opiáceos.

Foi possível concluir que, em comparação com adultos mais jovens (18-44 anos), o risco de uma queda grave foi seis vezes maior em pessoas com 85 anos ou mais durante períodos de consumo de opiáceos, após contabilização de outros medicamentos e fatores que poderiam aumentar o risco de quedas.

As quedas são uma das principais causas de lesões na Austrália, e os idosos correm um risco especial de consequências negativas graves, incluindo lesões graves e morte. Era esperado um risco aumentado de queda entre os indivíduos mais velhos, mas o número de quedas entre os adultos mais jovens surpreendeu.

De acordo com a Dra. Ria Hopkins, autora principal do estudo, estas descobertas realçam a necessidade de os médicos estarem atentos e informarem as pessoas, independentemente da idade, sobre os riscos desse tipo de lesões ao iniciar ou continuar medicação com opioides.

Importa referir que o mês imediatamente após o início dos opiáceos também foi identificado como um período de risco particularmente elevado para quedas graves entre adultos de todas as idades, e o risco aumentava à medida que as doses diárias de opiáceos aumentavam.

Não é recente a preocupação com a segurança e adequação da prescrição de opiáceos. Uma das principais preocupações é o potencial do uso de opiáceos para aumentar o risco de quedas entre os idosos devido aos efeitos sedativos destes medicamentos. Os dados demonstraram que este risco não é exclusivo dos idosos e que a prevenção e a educação contra quedas devem ser consideradas para todos os adultos com prescrição destas substâncias, especialmente no início do tratamento.

Foi possível concluir que as quedas são um evento adverso relativamente comum entre pessoas que tomam opioides. Muitas quedas são evitáveis e, embora haja um grande foco em intervenções destinadas a prevenir quedas entre adultos mais velhos, há ainda muito a fazer para reduzir o risco entre as populações adultas mais jovens.

Fonte: Tupam Editores

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