Grávidas negras mais propensas a problemas de saúde mental
As grávidas devem ser avaliadas quanto à depressão e ansiedade. Essa triagem pode ser especialmente importante para as grávidas negras, que têm maior propensão do que as brancas não hispânicas a apresentar stress pré-natal, ansiedade e sintomas depressivos.
Os nove meses da gestação humana serão diferentes de qualquer outro período de tempo da sua vida. O seu corpo não será só seu e tudo muda, física e psicologicamente.
LER MAIS
O objetivo do estudo, publicado na edição de dezembro da revista The Nurse Practitioner, era determinar se a depressão, a ansiedade e o stress ocorrem simultaneamente nas mulheres negras grávidas e identificar que fatores demográficos estão relacionados com esses problemas de saúde mental.
A equipa de investigadores da Escola de Enfermagem William F. Connell do Boston College, em Chestnut Hill, Massachusetts, examinou a prevalência de problemas de saúde mental (depressão, ansiedade e stress) em 452 mulheres negras grávidas.
Do total de mulheres que foram examinadas para elegibilidade, 194 (42,9%) apresentavam pontuações elevadas na depressão, ansiedade e/ou stress e foram incluídas num estudo maior. Entre as 194 participantes do estudo, as pontuações médias foram 9,16 para ansiedade, 12,80 para depressão e 21,79 para stress. Mais de um terço dos participantes (36,1%) apresentaram dois sintomas e um terço relatou os três sintomas.
Foi possível apurar que as grávidas negras apresentam altos níveis de problemas de saúde mental simultâneamente, incluindo depressão, ansiedade e stress. As descobertas indicam que o tratamento para problemas de saúde mental precisa de ser amplo e eficaz para as três condições.
As intervenções pré-natais devem ter como objetivo abordar os problemas de saúde mental através do rastreio e tratamento da depressão, ansiedade e stress, especialmente nas mulheres negras grávidas. Este estudo promove a compreensão da prevalência de problemas de saúde mental pré-natal em grávidas negras.
