Covid-19 está de volta, mas não é assim tão grave
Com o fim do estado de alerta associado à pandemia por covid-19 declarado no final de 2022, esta passou a ser equiparada a outras doenças, tendo deixado de ser obrigatório o isolamento e as restrições então impostas.
SOCIEDADE E SAÚDE
CONSTIPAÇÃO, GRIPE ou COVID-19?
Continua a ser frequente a pessoa comum interrogar-se sobre os sintomas que distinguem a atual pandemia de COVID-19 (SARS-COV-2) de outras viroses nossas velhas conhecidas como a gripe ou constipação, o que muitas vezes não é tarefa fácil. LER MAIS
No entanto, embora a maioria dos peritos de todo o mundo vaticinasse o fim próximo da pandemia, já na altura, a Organização Mundial da Saúde (OMS), vinha alertando para a ocorrência de uma nova subvariante preocupante da Omicron, que apesar de mais transmissível não apresentava quadros clínicos de maior gravidade nem taxas de mortalidade mais elevadas que as variantes anteriores, não havendo por isso motivos de alarme.
Agora a OMS, vem de novo alertar para o aumento de mortes e hospitalizações por covid-19, apelando à vacinação e vigilância, face ao aumento de mortes e hospitalizações que se verificam na Ásia Oriental, Médio Oriente e na Europa.
Em Portugal, o número de casos de infeção está a ser impulsionado pela nova variante Ómicron EG.5, com o relato de 12 278 casos de infeção acumulados no final de agosto, tendo-se registado um record de 931 casos de infeção e 199 mortes a 28 de agosto, um máximo em nove meses.
Apesar destes números, os especialistas defendem que não há razões para alarme dado que para a generalidade da população, o risco de desenvolver doença grave atualmente é muito inferior ao que se verificou há três anos. Importa salientar que apesar dos alertas internacionais de vigilância, pelo menos desde meados de agosto que a Direção-Geral de Saúde (DGS) não publica atualização de dados no seu site.
Os especialistas dizem que a variante EG.5 da Ómicron é responsável por cerca de 50% dos casos no nosso País, mas que há uma nova variante, que se carateriza por ter mutações que lhe conferem maior capacidade de fugir aos anticorpos humanos.
Depois dos Hospitais Santa Maria e Pulido Valente, em Lisboa, terem imposto novamente o uso obrigatório de máscaras no internamento, face ao aumento do número de casos de Covid-19 e o Diretor-Geral da OMS vir a público lamentar que “só 43 países continuam a reportar as mortes por Covid-19 e apenas 20 fornecerem dados de hospitalizações”, parece chegada a altura de todos estarmos atentos à situação, fazendo testes logo que detetados os primeiros sinais, já amplamente divulgados, e procedendo à vacinação, este ano passível de ser administrada em farmácia comunitária aderente.