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Deficiência de ferro é comum entre mulheres jovens

A deficiência de ferro é comum entre mulheres dos 12 aos 22 anos e, na maioria das afetadas, não está associada à anemia ferropriva, apurou um estudo realizado por investigadores da Universidade de Michigan, em Ann Arbor.

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A investigação usou dados de 3.490 participantes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES) de 2003 a 2010 e de 2015 a março 2020. Dentre elas, 188 eram pré-menarcas, o que correspondia a aproximadamente 5,4% da amostra.

Os especialistas descobriram que a prevalência geral de deficiência de ferro foi de 38,6%. A deficiência de ferro foi detetada em 27,1 por cento das participantes pré-menarcas, e no caso da anemia ferropriva a prevalência geral era de 6,3 por cento.

Na maioria das participantes com deficiência de ferro (83,6 por cento), a deficiência de ferro não estava associada à anemia ferropriva. A deficiência de ferro e a anemia ferropriva foram associadas à raça não branca, etnia hispânica e à menstruação.

A equipa de investigadores enfatizou o significativo fator de risco da menstruação. A relação foi observada tanto para a deficiência de ferro quanto para a anemia ferropriva. Mais de um quarto das mulheres na pré-menarca ou que ainda não menstruaram apresentaram sinais de deficiência de ferro, indicando que fatores além da menstruação contribuem para a prevalência da condição. Foram ainda identificadas associações entre deficiência de ferro e outros fatores.

Segundo Angela Weyand, do Departamento de Pediatria da Escola de Medicina da Universidade de Michigan, as diretrizes de triagem atuais, que visam principalmente crianças em idade pré-escolar e grávidas, podem deixar por diagnosticar um número considerável de indivíduos com deficiência de ferro. Assim, torna-se necessário fazer uma reavaliação da frequência e dos critérios de triagem universal, especialmente para indivíduos menstruados.

Os especialistas realçam a necessidade de maior conscientização e medidas proativas para lidar com a deficiência de ferro e a anemia ferropriva em adolescentes do sexo feminino. Ao melhorar as estratégias de triagem e garantir intervenções oportunas, os profissionais de saúde poderão mitigar a significativa morbidade e mortalidade associadas a estas condições.

Fonte: Tupam Editores

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