Exercício afeta sintomas positivos e negativos da esquizofrenia
O exercício tem um efeito significativo nos sintomas positivos e negativos em pacientes com esquizofrenia, apurou uma revisão publicada no International Journal of Environmental Research and Public Health.
A actividade física adequada e o desporto constituem um dos pilares para um estilo de vida saudável, juntamente com uma alimentação equilibrada e não existência de hábitos nocivos.
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Aproximadamente 1% da população mundial sofre de esquizofrenia. A esquizofrenia é um problema de saúde mental persistente em todo o mundo, e o cuidado e gestão a longo prazo são cruciais durante toda a vida.
Os pacientes com esquizofrenia experimentam vários problemas psiquiátricos, incluindo sintomas positivos, como delírios ou alucinações, e sintomas negativos, como apatia, isolamento ou diminuição do funcionamento social. Também é frequente na esquizofrenia a existência de doenças mentais, como depressão.
Uma equipa de investigadores da Universidade Nacional de Kangwon em Chuncheon, na Coreia do Sul, conduziu uma revisão sistemática e meta-análise para examinar os efeitos do exercício nos sintomas positivos, nos sintomas negativos e na depressão entre pacientes com esquizofrenia. Os dados foram provenientes de 15 estudos.
Os especialistas identificaram um efeito significativo médio (Diferença Média Padronizada [SMD], -0,51; intervalo de confiança de 95 por cento, -0,72 a -0,31), efeito significativo pequeno (SMD, -0,24; intervalo de confiança de 95 por cento, -0,43 a -0,04), e um efeito não significativo (SMD, −0,87; intervalo de confiança de 95 por cento, −1,84 a 0,10) numa metanálise para exercícios gerais em relação aos sintomas negativos, sintomas positivos e depressão, respetivamente. De referir que alguns dos estudos incluídos eram de baixa qualidade, o que limitou os resultados.
Os resultados sugerem que as intervenções com exercícios, incluindo exercícios aeróbicos, multicomponentes ou neuromotores, podem ajudar a melhorar os sintomas clínicos negativos e positivos destes pacientes. Em particular, a intervenção de exercícios multicomponentes combinada com exercícios aeróbicos e de resistência teve um efeito moderado na melhora dos sintomas positivos e negativos da esquizofrenia.
Além disso, a prática de exercício durante 20 semanas ou mais teve um efeito moderado no alívio dos sintomas positivos e negativos. Assim, recomendam-se revisões futuras focadas no nível dos sintomas clínicos em pacientes com esquizofrenia. O objetivo é estabelecer a comparação entre o efeito entre exercícios físicos e exercícios mente-corpo sobre os sintomas desta doença crónica.
