Estudo revela que a dieta pode ser responsável pelas enxaquecas
Uma enxaqueca pode ser incrivelmente dolorosa, nauseante e absolutamente debilitante. Embora a suscetibilidade para este problema dependa de vários fatores, como os níveis de stress, por exemplo, existem outras coisas que podem desencadear uma enxaqueca ou torná-la ainda pior, e isso inclui os hábitos alimentares, de acordo com um novo estudo.
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Durante a investigação, publicada na revista científica Nutritional Neuroscience, os cientistas analisaram dados históricos graças aos quais se conseguiu descobrir que a desnutrição leve, moderada e grave estava relacionada com dores de cabeça intensas e com maior frequência.
Segundo Sydney Greene, um dos cientistas, as enxaquecas podem ser desencadeadas por baixos níveis de açúcar no sangue. Quando se fazem longos intervalos entre as refeições, se salta refeições ou corta os principais grupos de alimentos, especificamente os hidratos de carbono, isso pode fazer com que os níveis de açúcar no sangue desçam.
Além disso, a desnutrição prolongada geralmente leva a deficiências de vitaminas e de minerais. E as deficiências de algumas vitaminas – principalmente as vitaminas B –, e do mineral magnésio podem contribuir para enxaquecas mais graves.
Existem muitas razões pelas quais um indivíduo pode não estar a receber a nutrição adequada. Para começar, pode estar em jogo um ciclo vicioso, ou seja, a pessoa está com enxaqueca, o apetite diminui, logo a ingestão de alimentos diminui, e a enxaqueca repete-se. Além disso, determinadas dietas como a vegana, vegetariana ou cetogénica pode levar a deficiências de vitaminas e minerais.
O especialista aconselha os doentes a consultar um profissional de saúde que tenha experiência em enxaquecas. Um médico ou um nutricionista poderá ajudar a criar uma dieta que reduza o risco de enxaqueca.
A enxaqueca é um tipo especial de dor de cabeça, com crises que duram desde algumas horas até vários dias. Estas repetem-se com uma cadência que pode ou não ser regular, desde uma a duas vezas por ano até várias vezes por mês, apresentando uma intensidade variável.
Pode iniciar-se logo na infância mas é mais comum entre os 20 e os 30 anos, passando a ser mais rara a partir dos 40 anos de idade. As mulheres são 2 a 3 vezes mais afetadas do que os homens, estimando-se que 1 em cada 7 adultos sofra de enxaqueca.