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Grupo sanguíneo pode prever risco de contrair doenças virais

O risco de infeção por parvovírus é elevado em pessoas com grupo sanguíneo RhD, de acordo com um estudo levado a cabo por cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, em colaboração com a Octapharma.

Grupo sanguíneo pode prever risco de contrair doenças virais

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O eritema infeccioso, vulgarmente conhecido como “quinta doença” ou “doença da bofetada”, é uma doença viral causada pelo parvovírus. Normalmente benigna, a condição surge em forma de pequenas epidemias e transmite-se de criança para criança através das vias respiratórias.

Na maioria das vezes, crianças em idade escolar são afetadas com sintomas comuns, como manchas vermelhas nas bochechas que também se podem espalhar para os braços e pernas. Os adultos também podem ser infetados, mas muitos não apresentam sintomatologia.

No estudo, publicado no The Journal of Infectious Diseases, os cientistas demonstraram que o risco de contrair a doença é elevado se a pessoa pertencer ao grupo sanguíneo antígeno Rhesus D, denominado RhD. Além do tipo sanguíneo no sistema ABO, o sistema Rh é o mais comum.

Mais de 160.000 doadores de sangue na Alemanha foram testados para parvovírus entre 2015 e 2018. Dos doadores de sangue, 22 pessoas foram infetadas com o vírus. Todas as pessoas infetadas pertenciam ao grupo sanguíneo RhD.

Para Rasmus Gustafsson, investigador afiliado do Departamento de Neurociência Clínica do Instituto sueco, esta é uma descoberta significativa que ainda não foi descrita e que pode significar que o RhD é importante quando o vírus entra na célula hospedeira e também pode ser um novo recetor celular ainda não identificado para o vírus.

Os cientistas verificaram ainda que o risco de infeção era elevado durante os meses de verão. Além disso, as mulheres e pessoas entre os 31 e os 40 anos de idade têm um risco aumentado de infeção.
Nestas idades, geralmente, há convivência com crianças pequenas. Estas crianças são infetadas no infantário e depois infetam os seus pais. Portanto, a distribuição de idade e género pode ser um reflexo do facto de as mulheres trabalharem mais do que os homens em profissões de assistência e cuidado às crianças.

Fonte: Tupam Editores

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