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SPMI apoia posição dos Internos de Medicina Interna

Foi recentemente enviada uma carta aberta à Ministra da Saúde, assinada por 461 dos 1061 Internos de Medicina Interna em formação nos Hospitais do país, na qual exigem melhores condições de trabalho e formativas. A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) está solidária com este alerta dos Internos, e considera que o documento deve ser analisado com atenção pela tutela.

SPMI apoia posição dos Internos de Medicina Interna

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A atividade na Urgência é fundamental para a formação do Interno de Formação Específica e deveria ser obrigatória nos dois primeiros anos para todas as Especialidades Médicas e Cirúrgicas. Acontece que, em Portugal, apenas os Internos de Medicina Interna fazem Urgência durante os 5 anos da sua Especialidade, e as várias Subespecialidades vão encurtando cada vez mais o tempo de Serviço de Urgência.

Por essa razão, nas equipas médicas da maioria dos hospitais, para além dos Especialistas, só os Internos de Medicina Interna preenchem as escalas, muitas vezes abaixo do número mínimo admissível.
A fuga de muitos Especialistas de Medicina Interna do SNS, compromete a formação dos Internos e fragiliza as Equipas de Urgência.

O Serviço de Urgência é importante para a criação da experiência clínica do Interno de Medicina Interna, mas não pode ser tão dominador que impeça a formação noutras áreas essenciais. A Medicina Interna é uma especialidade com múltiplas outras competências nas suas diferentes valências que têm de ser desenvolvidas pelos futuros internistas.

Segundo a SPMI é urgente que sejam tomadas medidas estruturais e organizativas no SNS, sem as quais os múltiplos problemas dos Serviços de Urgência serão apenas os primeiros de muitos outros a nível do funcionamento normal dos Serviços.

A Medicina Interna é uma especialidade generalista, que se distingue da Medicina Geral e Familiar por ser exclusivamente dedicada a doentes adultos, por ser vocacionada para a complexidade e por ser predominantemente hospitalar.
Ao contrário da maioria das especialidades, que se definem por se dedicarem a um determinado órgão ou sistema (ex: Cardiologia, Endocrinologia) ou a um determinado tipo de doenças (ex: Oncologia), a Medicina Interna define-se como uma especialidade “mais de doentes do que de doenças”.

Assim, o Internista corresponde ao modelo ideal que a maioria das pessoas tem do médico: alguém que escuta o doente, que lhe dá tempo e atenção, que o trata com respeito e humanidade, que o informa adequadamente, que conhece as suas prioridades; alguém que se preocupa e que é exaustivo, interventivo mas sensato, capaz de dar resposta à maioria dos problemas médicos que se lhe apresentam e com grande sentido ético.

Fonte: Tupam Editores

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