O cálculo renal, vulgarmente conhecido por pedra no rim ou litíase renal, em termos clínicos, é uma condição muito comum provocada pela agregação de cristais de sais minerais presentes na urina, formando uma pequena pedra no interior do sistema urinário, que ao deslocar-se pode obstruir o esfíncter urinário ou a uretra e provocar fortes dores, exigindo muitas vezes a atenção médica.
A dor, em particular a dor crónica, em determinadas circunstâncias, deixa de ser um sintoma e torna-se uma doença per se.
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A prevalência da doença em todo o mundo é elevada, podendo variar entre 2 e 15% e atinge particularmente os homens na faixa etária entre os 20 e 40 anos, mas também pode afetar indivíduos de qualquer idade, sendo que os cálculos renais associados à infeção do tracto urinário são mais frequentes em mulheres.
Em Portugal, estima-se que a condição atinja cerca de 800 mil portugueses, situação que pode ser prevenida se for mantida uma hidratação adequada. Diversos estudos confirmam que é no verão, quando a temperatura aumenta e a transpiração se torna mais abundante, perdendo-se por isso líquidos essenciais, provocando assim maior concentração de sais minerais na urina, que se verifica um aumento de mais de 20% no número de pessoas atingidas. Uma alimentação menos cuidada e uma deficiente hidratação contribuem para criar as condições ideais para a formação de cálculos renais.
Sem recurso médico, as “pedras” são na maior parte dos casos expelidas pela uretra de forma natural durante a micção, porém, cerca de 50% dos pacientes apresentam um segundo episódio após cerca de 10 anos do primeiro, se não forem submetidos a qualquer tipo de tratamento.
Uma boa hidratação é por isso essencial para prevenir e mesmo inviabilizar a formação de pedras nos rins, quer seja através da ingestão de um mínimo de 1,5 a 2 litros de água por dia, ou através de outros líquidos em que se incluem as sopas, a fruta, os chás e os sumos. É também aconselhável que as pessoas vigiem a cor da urina, sendo que quanto mais clara for, menor será a probabilidade de formação de cálculos, dado que diminui a concentração de iões.
Devido às suas propriedades diuréticas, os sumos de frutas como a melancia e o melão, abundantes no verão, são ótimas opções para ajudar a expelir a pedra dos rins, pois ao aumentarem o volume e a diluição da urina, ajudam a eliminar os cristais e dificultam a sua agregação.
Além dos múltiplos benefícios sobejamente conhecidos das frutas cítricas, os sumos de algumas delas, como o como o abacaxi e a laranja, contêm ácido cítrico, um composto que se transforma em citrato, que é a substância que se liga ao excesso de cálcio no organismo, eliminando-o pela urina e evitando, assim, a formação de pedra nos rins.
Recorde-se, entretanto, que nos casos em que a condição está instalada, os sumos complementam, mas não substituem o tratamento e os medicamentos da litíase renal prescritos pelo médico.
