DIAGNÓSTICO

Tatuagem temporária de grafeno monitoriza pressão arterial

Uma equipa de investigadores da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, criou uma tatuagem temporária de grafeno que, de forma inovadora, consegue medir os níveis da pressão arterial – uma abordagem muito diferente daquela a que se está habituado.

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Deji Akinwande, um dos autores do estudo, revela que a tatuagem dura semanas, não pesa, é quase invisível e as pessoas até se esquecem que a estão a usar. É composta por 12 tiras de grafeno quase invisíveis que ficam posicionadas em duas filas em cima das duas maiores artérias do antebraço.
As tiras mais externas de cada fileira enviam pequenos sinais elétricos profundamente no braço e as tiras internas podem detetar a resposta e como ela se altera, o que pode ser convertido numa medida do fluxo sanguíneo.

As tatuagens podem medir continuamente a pressão arterial com precisão “Grau A”, conforme definido pelos padrões internacionais – o nível de precisão mais alto possível para um dispositivo médico.

A equipa testou as tatuagens em seis pessoas e descobriu que funcionavam bem enquanto se trabalhava sentado a uma secretária e enquanto se caminhava. Funcionavam inclusive quando os participantes faziam flexões ou mergulhavam os braços num balde de água gelada durante um minuto, e até durante a noite sem atrapalhar o sono de ninguém.

Os resultados são avaliados por um dispositivo que é ligado à tatuagem por um fio e elétrodos, no entanto, o objetivo dos investigadores é adaptar o protótipo para que ele comunique por Wi-Fi ou envie os dados para um smartwatch.

Para Roozbeh Jafari, membro da equipa da Universidade Texas A&M, ter um dispositivo que pode medir a pressão arterial mesmo quando o utilizador está em movimento ou a dormir pode ser útil para se obter uma medição mais confiável.

Já um monitor de pressão arterial padrão que faz uma medição única no consultório médico ou em casa pode ser impreciso por vários motivos, incluindo fatores como o stress ou desidratação. Algumas pessoas até experimentam picos temporários de pressão arterial quando consultam um médico, refere Jafari. Além disso, estes aparelhos requerem que a pessoa esteja sentada e não de pé, ou em movimento.

Outros investigadores têm vindo a investigar a fotopletismografia (PPG) como um método baseado em luz para medir a pressão arterial. Dispositivos populares como o Fitbit têm testado essa abordagem mas fatores como a cor da pele e a camada de gordura sob a pele podem prejudicar as medições de PPG.

Revelado o potencial das tatuagens de grafeno em voluntários saudáveis, os investigadores pretendem agora testá-las em pessoas com pressão alta.

Fonte: Tupam Editores

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