O uso de medicamentos falsificados ou com desvios de qualidade prejudica milhões de pessoas pois pode resultar em consumidores que não recebem a quantidade necessária de princípio ativo e, consequentemente, as suas doenças não estarão a ser tratadas.

A situação piora quando os produtos são adulterados ou deliberadamente formulados utilizando substâncias industriais tóxicas, que não podem ser usadas na fabricação de medicamentos, causando danos ainda mais sérios. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um em cada dez produtos médicos é falso.

Durante a investigação os cientistas utilizaram cola comestível para revestir cápsulas de Tylenol com estes doces e foi desenvolvido um algoritmo que converte fotos de comprimidos CandyCode para as armazenar numa base de dados informática que pode ser acedida pelos consumidores.
Este algoritmo foi utilizado para analisar um conjunto de fotografias CandyCode e os cientistas constataram que estes funcionam como identificadores universalmente únicos, mesmo depois de os medicamentos CandyCode serem ligeiramente danificados.

Os cientistas sugerem que os consumidores podiam carregar uma fotografia de um comprimido num smartphone e se o seu CandyCode correspondesse a um da base de dados, o consumidor tinha a confirmação de que esse comprimido era genuíno.

Mas os benefícios desta técnica não se ficam por aqui, concluiu-se ainda que os revestimentos CandyCode não só ajudam a combater a fraude farmacêutica como facilitam a ingestão dos comprimidos por parte dos doentes.

Além da área farmacêutica, o CandyCode também pode ser útil para garantir a autenticidade de outros produtos que são frequentemente falsificados, como as rolhas das garrafas, ou nas etiquetas das roupas ou malas, por exemplo.