Depressão: estudo ajuda doentes a escolher melhor antidepressivo
Embora os antidepressivos sejam um dos medicamentos mais prescritos nos Estados Unidos da América (11% da população toma antidepressivos), 60% dos doentes com depressão não beneficiam do seu antidepressivo inicial.
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De acordo com um estudo realizado por cientistas da Universidade George Mason, nos EUA, as condições médicas pré-existentes de uma pessoa podem ter influência no antidepressivo que melhor vai actuar na sua doença.
Disponíveis online para profissionais de saúde e doentes, os dados do estudo vão poder ajudar milhões de pacientes a aliviar os sintomas da depressão de forma mais eficaz.
A equipa analisou as experiencias de 3.6 milhões de doentes com depressão grave e que utilizavam 15 antidepressivos diferentes. Estes doentes foram divididos em mais de 16.000 subgrupos com base nas suas condições, informação demográfica e medicamentos prescritos para analisar as suas experiências com os antidepressivos.
Durante o estudo foi criado um sítio na internet com estes dados para ajudar os doentes com depressão a encontrar o medicamento mais apropriado ao seu caso específico, tendo em conta as suas condições e outras informações relevantes.
Segundo os cientistas, ao introduzir o historial médico de um doente no sítio, os utilizadores podem encontrar casos semelhantes e receber recomendações de antidepressivos com base na experiência de remissão de sintomas noutros doentes com estes dados, para ajudar as pessoas com depressão a encontrarem o medicamento mais adequado.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão será a doença mais comum do mundo em 2030, afectando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo o cancro e as doenças cardíacas.