Cancro da mama: primeira vacina vai ser testada em humanos
Uma equipa de cientistas do Lerner Research Institute da Clínica Cleveland, nos Estados Unidos, desenvolveu uma potencial vacina contra o cancro da mama. Esta vacina visa prevenir o desenvolvimento do cancro da mama triplo negativo, uma vez que, atualmente, a única opção para as pessoas em risco de desenvolver a doença é a mastectomia, isto é, a remoção cirúrgica da mama.
SOCIEDADE E SAÚDE
LUTA CONTRA O CANCRO DA MAMA
O cancro da mama afecta, em todo o mundo, cerca de 150 mil mulheres por ano. Destas, 44 mil acabam por sucumbir à doença. Mas existe cada vez mais esperança e a medicina já ganha batalhas importantes. LER MAIS
A FDA autorizou o estudo em dezembro de 2021, estando já o recrutamento aberto. Trata-se de um ensaio clínico de Fase I, ou seja, que envolve um pequeno grupo de voluntários, a quem serão administradas doses de alfa-lactalbumina e zymosan.
No estudo vão participar 24 voluntários - sobretudo mulheres, mas também alguns homens, que representam um por cento de todos os cancros triplo negativo -, com elevado risco de desenvolver a doença. Este tipo de cancro representa até 15 por cento de todos os cancros da mama e é considerado o mais agressivo.
Os participantes deverão ter recebido tratamento para as fases iniciais desta forma de cancro nos três anos anteriores e, em todos os casos ter sido declarados totalmente curados, mas com elevado risco de metástase.
A primeira fase dos ensaios clínicos deverá estar concluída em setembro de 2022, faltando a seguir mais 3 fases. Para que a vacina possa finalmente chegar ao mercado, e aos doentes em geral, todas as fases têm de correr bem.
Se assim for, ao longo dos próximos anos há hipótese de a vacina
evitar novos cancros da mama triplo negativo, e até de vir a ser usada na prevenção de outros cancros.