MEDICAMENTO

Medicamento para osteoporose pode diminuir risco de DT2

Uma nova pesquisa apresentada na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes sugere que o alendronato, um fármaco amplamente usado para o tratamento da osteoporose, reduz o risco de diabetes tipo 2.

Medicamento para osteoporose pode diminuir risco de DT2

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A DIABETES, FANTASMA DA SOCIEDADE OCIDENTAL


Pacientes com diabetes têm um risco maior de fraturas, o que sugere que existe uma ligação entre a regulação dos níveis de açúcar no sangue e a qualidade óssea.

Mais recentemente, estudos em animais indicaram que a modificação das células ósseas por medicamentos para a osteoporose afeta a regulação da glicose.

Tendo estes fatores em conta, cientistas do Hospital Universitário de Aalborg, na Dinamarca, especularam que o tratamento da osteoporose poderia ter um impacto sobre o risco da diabetes tipo 2.

Para avaliaram essa relação, os cientistas compararam as taxas de diabetes entre pessoas que receberam o medicamento alendronato para osteoporose com pessoas que não receberam o tratamento.

O tratamento de primeira linha para osteoporose, alendronato e outros bifosfonatos ajudam a fortalecer os ossos e reduzir o risco de fratura. Os registos do hospital foram usados para identificar todos os indivíduos com diabetes tipo 2 na Dinamarca entre 2008 e 2018. Cada paciente com diabetes foi pareado por idade e sexo com três pessoas saudáveis da população.

Os registos de prescrição foram usados para determinar se os participantes já haviam recebido alendronato. Os 163 588 pacientes com diabetes tipo 2 e os 490 764 participantes sem diabetes tinham uma idade média de 67 anos e 55 por cento eram do sexo masculino.

A análise revelou que aqueles que tomaram alendronato tinham 34 por cento menos probabilidade de terem sido diagnosticados com diabetes tipo 2 do que aqueles que nunca haviam tomado o medicamento. Fatores como tabagismo, uso de álcool, obesidade, renda e estado civil foram incluídos na análise.

Tomar alendronato por, pelo menos, oito anos pode reduzir potencialmente o risco em mais da metade (53 por cento), em comparação com aqueles que nunca usaram alendronato. Uma análise posterior sugeriu um efeito dependente da dose, ou seja, quanto mais tempo uma pessoa toma o medicamente, menor a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2.

Fonte: Eurekalert

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