Descoberto como membranas fetais se curam sozinhas após lesão
Cientistas do Reino Unido analisaram a ocorrência da rutura prematura das membranas (RPM), uma das principais causas de nascimento prematuro e associada a 40 por cento da mortalidade infantil precoce. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.
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As membranas fetais podem ficar danificadas devido a infeções, hemorragias, após cirurgia fetal e até testes de diagnóstico durante a gravidez, como a amniocentese, em que se perfura a membrana fetal com uma agulha. No entanto, atualmente não existem abordagens clínicas disponíveis para reparar ou melhorar a cura nas membranas fetais.
Durante o estudo, os cientistas criaram pequenos defeitos em tecidos de membranas fetais usando uma agulha, para imitar os danos causados durante a cirurgia fetal. Alguns dias após a lesão, foi possível verificar uma população de células chamadas miofibroblastos (MF), que desempenharam um papel importante na cicatrização das lesões.
Os cientistas observaram que estas células se deslocavam para as extremidades da ferida e para o local do defeito, produzindo colagénio e puxando as bordas da ferida, contraindo os tecidos e reparando a mesma.
O estudo revelou também que a expressão exagerada de uma proteína chamada conexina-43 afetou a capacidade das células de migrar para o local do defeito e fechar a ferida.
Estas descobertas podem ajudar a criar tratamentos para a RPM e, assim, reduzir as taxas de partos prematuros e de mortalidade infantil associadas, afirmaram os autores do estudo.