Guerra está a causar ressurgimento da fome em África
Durante anos, estudos indicaram que estavam a ser feitos progressos para erradicar a fome mundial. Mas, a partir de 2014, a tendência diminuiu lentamente e inverteu-se em muitos países. Hoje em dia, cerca de 700 milhões de pessoas - quase 9 por cento da população mundial – passa fome, de acordo com a ONU.
Uma das regiões mais afetadas é a África Subsaariana; nesta zona do mundo, a culpa do flagelo da fome tem sido atribuída às secas provocadas pelas alterações climáticas. No entanto, um novo estudo afirmou que a razão pela qual a fome persiste nesta região deve-se às guerras de longa duração e não ao clima.
O estudo, publicado na revista Nature Food, descobriu que, embora as secas causem insegurança alimentar em África, a sua contribuição para a fome permaneceu estável ou até mesmo diminuiu nos últimos anos.
Em vez disso, o aumento da violência generalizada e de longo prazo deslocou pessoas, aumentou os preços dos alimentos e bloqueou a ajuda alimentar externa, o que resultou na reversão do processo de erradicação da fome.