COVID-19: crianças parecem não ser fonte de transmissão
Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, no Brasil, e publicado na revista Pediatrics avaliou a dinâmica da infeção por COVID-19 entre crianças e os seus familiares numa comunidade do Rio de Janeiro.
SOCIEDADE E SAÚDE
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Como já se esperava, o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) após a última reunião semanal do Conselho de Ministros indica que a situação na Área Metropolitana de Lisboa (AML) se mantém algo indefinida, verificando-se que a curva das ocorrências de novos casos continua a subir, o que levou o Governo a prorrogar o atual estado de contingência na região pelo menos até 31 de agosto, mantendo-se o resto do país em estado de alerta. LER MAIS
O estudo envolveu 667 participantes de 259 famílias entre maio e setembro de 2020. As 323 crianças, com idade entre os zero e os 13 anos, os 54 adolescentes (idades entre os 14 e os 19 anos) e os 290 adultos foram submetidos a testes de diagnóstico de COVID-19.
Os resultados mostraram que 13,9 por cento das crianças testaram positivo, sendo mais frequente em crianças com menos de um ano (25 por cento) e com idades entre 11 e 13 anos (21 por cento).
A boa notícia é que nenhuma das crianças infetadas apresentou sintomas graves de COVID-19, sendo a infeção assintomática prevalente em crianças com menos de 14 anos.
Os cientistas concluíram que as crianças não parecem ser uma fonte de transmissão da infeção pelo novo coronavírus e, com maior frequência, adquirem o vírus de adultos.
Estes resultados sugerem que, em locais como o estudado, as escolas e creches podem ser reabertas com segurança se medidas de mitigação da COVID-19 adequadas estiverem em vigor e a equipa devidamente imunizada.