Projeto C2F promove curso sobre Consultas de Fragilidade Óssea
A Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSreuma) criou o Projeto C2F, um curso sobre Consultas de Fraturas de Fragilidade Óssea, com o objetivo de educar os profissionais de saúde sobre a identificação, referenciação e tratamento de todos os doentes que sofrem fraturas de fragilidade.
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A formação iniciou-se a 2 de junho de 2021 e vai avançar para uma fase de desenvolvimento e implementação futura de uma proposta de criação de consulta de fraturas de fragilidade para contribuir para a melhoria de cuidados no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O curso conta com a parceria do Colégio Especialidade de Enfermagem de Reabilitação da Ordem dos Enfermeiros, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), e a Associação de Enfermeiros Portugueses de Ortopedia e Traumatologia (AEPOT), e tem o apoio da Amgen Biofarmacêutica.
“As fraturas osteoporóticas constituem um importante problema de saúde pública a que importa dar resposta”, explica a enfermeira Andréa Marques, presidente da APPSreuma, referindo ainda que “os custos médios de uma fratura da anca em Portugal, no primeiro ano, são de 13 434 euros. Neste sentido, este é mais um passo dado para que estes profissionais de saúde possam melhorar a qualidade de vida dos doentes de fraturas de fragilidade, enquanto ao mesmo tempo diminuem os encargos económicos que uma fratura destas pode ter para o utente e também para o Sistema Nacional de Saúde”.
O curso, composto por dez módulos, incluiu temas sobre as fraturas de fragilidade e a sua problemática, sobre a osteoporose e o seu impacto, sobre a importância da manutenção dos doentes em consultas de seguimento e sobre o processo de implementação de uma consulta de fraturas de fragilidade. Com 46 participantes, identificados pelos diretores de 29 hospitais a nível nacional, foi possível promover um espaço de discussão e aprendizagem para identificar os principais obstáculos que poderão surgir e perceber como será possível ultrapassá-los.
“O curso sobre Consultas de Fraturas de Fragilidade Óssea prepara os profissionais de saúde para a implementação de uma consulta no seu local de trabalho, contribuindo para a resolução do problema de saúde pública das fraturas osteoporóticas e ajudando na crescente necessidade de instituir mais consultas ao longo do país. O que se espera, nas próximas fases, é uma consultoria mais individualizada com cada colega de cada hospital, para um efetivo acompanhamento do desenvolvimento das suas propostas”, reforça Andréa Marques.
O próximo passo, para outubro, é que os vários serviços proponham a implementação da sua Consulta de Fraturas de Fragilidade.