A dengue continua a ser um sério problema de saúde mundial e o diagnóstico precoce da doença é a chave para prevenir a deterioração da saúde dos pacientes.

No entanto, os exames atualmente disponíveis, como a deteção de ácido nucleico por meio da Reação em Cadeia da Polimerase Transcriptase Reversa (RT-PCR), é um processo demorado e também exige equipamentos e reagentes caros para o diagnóstico da dengue.

Os cientistas indianos usaram uma nova tecnologia, denominada por Espectroscopia Raman Aprimorada de Superfície, ou SERS na sigla em inglês (Surface Enhanced Raman Spectroscopy).

O investigador Shashank Gahlaut e os seus colegas criaram o novo teste com base em filmes finos cultivados usando uma técnica de deposição chamada GLAD (GLancing Angle Deposition). Esta técnica foi utilizada para fabricar biossensores ativos recorrendo a nanobastões de prata para detetar patógenos.

Apenas 2 microlitros de soro do paciente foram suficientes para ativar os biossensores, cujos resultados são lidos com um raio laser verde (785 nm). Os dados são tratados por um software de análise.

O dispositivo integrado foi capaz de diferenciar claramente os três conjuntos de amostras de sangue: dengue positivo, negativo e saudável - o aparelho foi testado em amostras de sangue clínicas recolhidas de centenas de pacientes.
A equipa espera que o aparelho possa oferecer uma plataforma de diagnóstico rápido, escalonável e que possa ser usada nos centros de saúde, reduzindo o impacto da doença nos hospitais.