COVID-19: sobrevivência pode ser mais alta em pacientes com psoríase
A carga multimorbilidade e o uso de imunossupressores sistémicos em pessoas com psoríase podem conferir maior risco de desfechos COVID-19 adversos, mas os dados são limitados. Um estudo recente teve como objetivo avaliar a evolução da COVID-19 em doentes com psoríase e identificar fatores associados à hospitalização.
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Cientistas do Guys e St. Thomas NHS Foundation Trust, em Londres, Inglaterra, caracterizaram a evolução da COVID-19 na psoríase e identificaram fatores associados à hospitalização usando dados de um registo internacional.
Os investigadores descobriram que 71, 18 e dez por cento dos 374 pacientes de 25 países avaliados estavam a receber um tratamento biológico, um não biológico e nenhum tratamento sistémico para psoríase, respetivamente. No geral, 93 por cento dos pacientes recuperaram-se totalmente da COVID-19; 22 e dois por cento foram hospitalizados e morreram, respetivamente.
O risco de hospitalização aumentou em associação com a idade avançada, sexo masculino, etnia não branca e doença pulmonar crónica. Os pacientes que utilizavam terapia sistémica não biológica foram hospitalizados com mais frequência do que aqueles que usavam produtos biológicos.
Não houve diferenças significativas observadas entre as classes biológicas. Níveis mais baixos de isolamento social foram sugeridos em indivíduos recebendo terapia sistémica não biológica, em comparação com produtos biológicos usando dados independentes relatados por pacientes (1626 pacientes em 48 países).
O estudo concluiu que, para pacientes com psoríase, a sobrevida na COVID-19 é alta, com risco aumentado de hospitalização em associação com terapia sistémica não biológica versus uso biológico.
