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Especialistas definem diretrizes sobre consumo de dieta cetogénica

Nas últimas duas décadas, várias pesquisas mostraram que terapias que recorrem à dieta cetogénica - dietas com alto teor de gordura, baixo teor de hidratos de carbono e proteínas adequadas que metabolizam a gordura em produtos químicos chamados cetonas que protegem o cérebro e promovem o crescimento saudável de neurónios - são seguras e eficazes no tratamento de crianças e adultos com formas de epilepsia resistentes a medicamentos.

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No entanto, embora haja diretrizes estabelecidas para o uso de dietoterapia cetogénica para reduzir convulsões em crianças, não existiam recomendações formais para adultos.

Agora, cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, publicaram o primeiro conjunto de recomendações com base nas práticas clínicas atuais e evidências científicas para o tratamento com base em dietas cetogénicas em pacientes adultos. As novas diretrizes foram publicadas na revista Neurology: Clinical Practice.

Evidências emergentes defendem o uso de dietas cetogénicas para tratar outros distúrbios neurológicos e patologias em adultos, como enxaquecas, doença de Parkinson, demência, tumores cerebrais e esclerose múltipla.

Para elaborar as recomendações, os cientistas entrevistaram profissionais médicos de 20 instituições que, no total, tinham tratado cerca de 2 189 adultos para epilepsia e outras doenças neurológicas recorrendo a dietas cetogénicas.

Os cientistas descobriram que a terapia deve ser adaptada para atender às necessidades de cada paciente, levando em consideração as suas caraterísticas físicas e mentais, condições médicas subjacentes, preferências alimentares, tipo e qualidade do apoio familiar e de terceiros, nível de autossuficiência, hábitos alimentares e facilidade de seguir a dieta alimentar.

Ainda assim, os cientistas alertam que as dietas cetogénicas só devem ser consumidas com o apoio de profissionais médicos, ou seja, devem sempre ser vistas como uma ferramenta clínica e não como uma simples dieta alimentar.


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