Testada eficácia de nova vacina contra malária
Uma equipa internacional de investigadores liderada por Miguel Prudêncio, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), testou o potencial de uma nova vacina contra a malária em 24 voluntários.
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“Embora nenhum dos indivíduos vacinados ficasse totalmente protegido contra a doença, os resultados mostraram uma redução muito significativa de 95 por cento na infeção hepática dos voluntários imunizados em relação aos indivíduos controlo, não imunizados”, afirma o IMM num comunicado.
A malária é uma doença provocada por parasitas Plasmodium que causou mais de 400 mil mortes só em 2018.
O PbVac é o primeiro membro de uma nova classe de agentes do tipo “organismo completo” desenhados para a vacinação contra a malária, consistindo num parasita da malária de roedores, chamado Plasmodium berghei, que foi geneticamente alterado para ficar “mascarado” com uma proteína do seu homólogo que infeta humanos, o P. falciparum.
Miguel Prudêncio, líder do grupo no IMM e responsável pelo estudo, adianta que a ideia inovadora de usar parasitas de roedores, que não são patogénicos para os seres humanos, como base para uma nova vacina contra a malária teve início há dez anos.
Após a validação pré-clínica da imunogenicidade e segurança do PbVac para uso humano, os investigadores avançaram para um ensaio clínico que envolveu 24 voluntários saudáveis, para verificar a segurança e a eficácia protetora do PbVac na clínica.
Os resultados mostraram que o PbVac é seguro e bem tolerado, com uma diminuição muito significativa de 95% na infeção hepática por P. falciparum, o primeiro estágio da infeção por malária em humanos, em voluntários imunizados.