Aparelhos portáteis de música associados a perda auditiva na criança
O uso de aparelhos portáteis para ouvir músicas (APPM) pode estar associado a perda auditiva de alta frequência em crianças, de acordo com um estudo publicado no JAMA Otolaryngology-Head & Neck Surgery.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
CANCRO, INVESTIGAÇÃO E NOVAS TERAPIAS
A ciência avançou prodigiosamente na luta contra o cancro, mas o mundo natural tem sido o arsenal mais eficaz da medicina, fornecendo desde antibióticos a potentes fármacos. LER MAIS
Pesquisadores holandeses conduziram um estudo transversal que integrou um estudo de coorte prospetivo em andamento. Um total de 5 355 crianças foram submetidas à primeira avaliação audiométrica entre os nove e os 11 anos de idade.
A amostra final incluiu 3 116 crianças (idade média de 9,7 anos). Questionários respondidos pelos pais foram utilizados para avaliar o uso de aparelhos portáteis para ouvir músicas e fatores sociodemográficos.
Os dados apurados mostraram que 39,9 por cento da amostra não relatou uso de APPM e 18,5 por cento e 8,2 por cento relataram usar esses aparelhos durante um ou dois, ou então três ou mais dias por semana, respetivamente.
O uso de APPM não foi relatado para 33,4 por cento. No geral, 14,2 por cento de todas as crianças tiveram entalhes audiométricos e perda auditiva de alta frequência; 4,5, 7,6 e 2,1 por cento preencheram os critérios de uma perda auditiva de picos, de alta frequência, e ambos, respetivamente.
Um total de 1,7 por cento da coorte mostrou comprometimento bilateral. No geral, 11,3 por cento dos entrevistados relataram sintomas relacionados com a audição, e 40 por cento dos entrevistados usaram os APPM.
Registou-se uma correlação entre o uso de APPM e perda auditiva de alta frequência (odds ratio, 2,88 e 2,74 para um ou dois, ou então de três ou mais dias por semana, respetivamente); o tempo de escuta e a duração não foram associados à perda auditiva de alta frequência.